
O ocorrido expôs uma série de ameaças que o aluno e outros colegas relataram sofrer na instituição desde o início do ano.
Assustado e com medo, o jovem, que é homossexual, ligou para a mãe e narrou o ocorrido.
A escola já havia sido informada sobre os ataques realizados pelo grupo, segundo afirmaram outros alunos, sendo que um deles já havia sido ameaçado de morte em outra situação.

A escola demonstrou preocupação com a possibilidade de que, por trás dos adolescentes, haja um grupo nazista.
Em reunião com a comissão, realizada na tarde desta quinta-feira (30/6), o Marista se comprometeu a aumentar a segurança do corredor e a atuação de orientação pedagógica para esses alunos, segundo informado pela mãe do estudante.
Em nota, a escola informou que "atendeu a família e o aluno e presta o apoio necessário no caso. A instituição registrou um boletim de ocorrência e abriu um processo interno para apurar o ocorrido".
Desde o acontecimento, o jovem tem apresentado crise de ansiedade e afirmou que nenhuma medida efetiva para que as ameaças cessem foi tomada pela instituição de ensino.
"É imprescindível a escola descobrir o aluno que está agindo desta forma. O caso é grave demais para ficar só por conta da polícia", afirmou a mãe.
Leia a nota do Colégio Marista Dom Silvério na íntegra:
O Colégio Marista Dom Silvério informa que atendeu a família e o aluno e presta o apoio necessário no caso. A instituição registrou o Boletim de Ocorrência e abriu um processo interno para apurar o ocorrido.
A Instituição Marista repudia e combate qualquer atitude ou manifestação violenta e de preconceito em sua comunidade educativa, onde reforça sua missão de educar com valores e formação humana, ou em qualquer outro ambiente.
* Estagiário sob a supervisão de Rafael Rocha
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