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Estado de Minas Barragem Doutor

Vale anuncia redução da mancha de inundação em barragem de Ouro Preto

Anúncio foi dado à comunidade nessa quarta-feira (25/5); mais de 40 edificações deixam de fazer parte da Zona de Autossalvamento e moradores poderão retornar


26/05/2022 17:47 - atualizado 26/05/2022 18:15


Imagem da barragem
O processo de descaracterização da barragem Doutor iniciado em 2020 permitiu redução de mais de 15% da mancha de inundação da barragem, o que corresponde a 13km² (foto: Divulgação/Lui Pereira/Agência Primaz )
 
Em reunião com moradores do distrito de Antônio Pereira e da Vila Residencial Antônio Pereira, em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, a Vale apresentou estudos que garantem a saída de 45 a 60 edificações da Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem de Doutor, na mina Timbopeba, e assim, permite o retorno de famílias, comércios e a reabertura do Clube Samisa. A notícia foi dada em uma reunião com moradores, a mineradora e a Defesa Civil nessa quarta-feira (25/5) - momento em que a comunidade pôde debater a situação no distrito, desde a saída das 75 famílias da área, em agosto de 2020.
 
De acordo com o secretário de Defesa Social de Ouro Preto, Juscelino Gonçalves, a barragem permanece no nível 1 de emergência e o atual desenho da mancha aponta um recuo em alguns pontos e avanço em outras localidades e, por isso, duas novas moradias entraram na mancha de inundação.
 
Em nota, a Vale afirma que os estudos apresentados pela empresa apontam uma redução de mais de 15% da mancha de inundação da barragem, o que corresponde a 13km². As análises foram validadas pela Consulting Canada Ltd. (SLR), empresa auditora do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), responsável por auditar estruturas da Vale no estado.
 
A Vale afirma que as avaliações em campo estão sendo realizadas pela Defesa Civil, em conjunto com a mineradora, para precisar o número exato de famílias que deixam de ser impactadas pela mancha da barragem. A mineradora garante estar ciente dos efeitos dessas mudanças na rotina da comunidade e também anunciou que vai discutir o retorno conjuntamente com cada família, respeitando seus interesses.
 
Em relação às duas famílias - uma em Antônio Pereira e outra da Vila Residencial Antônio Pereira – a Vale informa que já foram comunicadas e receberão todo o suporte da empresa no processo de escolha e mudança para moradias temporárias.
 
Imagem da reunião dos moradores do distrito
Moradores do distrito lembraram que no processo de realocação das famílias, em agosto de 2020, além das moradias temporárias, foi acordado que também haveria assistência à saúde mental dos moradores (foto: Divulgação/Marcelino de Castro)
 
 
Saúde Mental
 
Durante a reunião dessa quarta-feira (25/5), moradores do distrito lembraram que no processo de realocação das famílias, em agosto de 2020, além das moradias temporárias foi acordado que também haveria assistência à saúde mental dos moradores.
 
Quando foi aberta a palavra aos moradores, foi alegado que não houve a contratação de psicólogos e pediatras. Em resposta, o gerente de reparações da Vale, Lucas Soares Silva, disse que a empresa tem convênio com o município, sendo de responsabilidade da prefeitura a contratação dos profissionais da saúde mental.
 
A Secretaria de Saúde informou que uma equipe de apoio multidisplinar, conhecida como equipe de saúde mental, composta por três profissionais da psicologia, um médico psiquiatra e um assistente social, foi contratada e está desenvolvendo ações dentro do território de Antônio Pereira. Essa equipe faz parte da proposta emergencial e está diretamente ligada à Atenção Primária, atuando em conjunto com  a equipe de Estratégia da Família dentro do distrito.
 
Segundo a Secretaria de Saúde, o médico psiquiatra iniciou os trabalhos em janeiro deste ano, e os profissionais de psicologia e assistência social começaram em fevereiro e, desde então, vêm desenvolvendo ações com intuito de conhecer as demandas de Antônio Pereira.
 
Ainda segundo a Secretaria de Saúde, os profissionais da saúde realizam visitas domiciliares, entendimentos em grupos e individuais, oficinas terapêuticas, entre outros.
 
Na reunião, os moradores também alegaram insegurança sobre o estudo, e as questões serão levantadas no dia 7 de junho em uma reunião marcada com o Ministério Público de Minas Gerais.
 
Quanto à segurança, a Vale  afirma que a barragem está em processo de descaracterização e segue sendo monitorada 24 horas por dia, nos sete dias da semana.
 
 


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