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Estado de Minas MINERAÇÃO NO PATRIMÔNIO

'Tumulto ambiental': Fiemg vê motivação política na Serra do Curral

Entidade diz que notícias falsas estariam sendo disseminadas contra a mineração e teriam tirado a Heineken de Pedro Leopoldo. Ambientalistas temem impactos


03/05/2022 11:45 - atualizado 06/05/2022 17:06

Presidente da FIEMG, Flávio Roscoe dá entrevista coletiva na sede da empresa no Bairro Funcionários, em Belo Horizonte
Presidente da FIEMG, Flávio Roscoe enxerga campanha difamatória contra setor produtivo no caso da mineração da Serra do Curral (foto: Mateus Parreiras/EM/D.A.Press)
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) veio a público na manhã desta terça-feira (03/05) para acusar os críticos da mineração na Serra do Curral de motivação política e disseminação de notícias falsas ou distorcidas. "Ir contra um projeto num local que mexe com o imaginário do belo-horizontino em um ano de eleições traz popularidade e visibilidade a candidatos e grupos", avalia o presidente da FIEMG, Flavio Roscoe. Ambientalistas temem impactos no cartão-postal da cidade.

Roscoe denunciou o que considera ser ações para causar instabilidade no setor ambiental e prejudicar a instalação de atividades econômicas importantes, como a mineração na Serra do Curral e a fábrica de cervejas Heineken, que desistiu de Pedro Leopoldo e foi para Passos, no Sul de Minas.

A federação se posicionou após as reações de ambientalistas e políticos com a aprovação da mineração na Serra do Curral concedida à Taquaril Mineração S.A (Tamisa). A concessão foi decidida pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), na madrugada de 30 de abril. Desde então uma forte reação de ambientalistas foi desencadeada. Ações na Justiça buscam barrar o projeto, inclusive uma delas da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) na Justiça Federal.

“Há um intuito de causar tumulto ambiental. E vimos isso no processo de instalação da Heineken em Pedro Leopoldo. Notícias falsas e distorcidas levaram pessoas bem intencionadas a assinar abaixo assinados contrários. Com isso, a empresa deixou de gerar milhares de postos de trabalho, se firmou uma corrida para receber o grande empreendimento de mais de R$ 200 milhões de arrecadação e dois anos a mais de tempo de instalação”, avalia o presidente da FIEMG, Flavio Roscoe.

“Dizem, agora, nas redes sociais, que o processo de mineração na Serra do Curral da Tamisa foi aprovado na calada da madrugada, mas não foi assim. Mais de 100 pessoas se inscreveram e falaram, muitos para protelar e tentar que se suspendesse a seção. Não foi um ato escuso. Os pareceres são técnicos e sérios. Todo processo foi alvo de três ações judiciais com pedidos de liminares antes de o conselho julgar e não ocorreu a concessão”, considera Roscoe.

Apesar da presença de cactos ameaçados de extinção e grutas com fauna ainda em estudos na área de influência das cavas e pilhas que serão instaladas pela Tamisa, como mostrou a reportagem do Estado de Minas, Roscoe afirma que os impactos serão mínimos e compensados.

“Fauna e flora terão compensações e outros serão remanejados. A visada da Serra do Curral não será afetada, tudo se dará do lado de Nova Lima. Disseram que a poeira vai tampar o sol de BH, por anos tivemos mineração na serra muito maior e nunca isso ocorreu. Os estudos mostram que a poeira vai ficar no empreendimento, não há impacto nos lençóis freáticos e nem barragens, tudo será a seco”, afirma o presidente da FIEMG.
 
A fala de Roscoe, no entanto, vai de encontro ao que afirmam ambientalistas ouvidos pelo EM nos últimos dias. Segundo eles, a serra vai sofrer sérias consequências e haverá perdas na flora e na fauna da região, comprometimento de nascentes e de cavernas. 
 
O representante do setor produtivo que engloba a mineração também defendeu que a área do empreendimento da Tamisa é de 1.250 hectares (cerca de 1250 campos de futebol), mas salientou que a fase um terá a implantação de estruturas do complexo minerário ocupando 42 hectares e a fase dois mais 58 hectares. Cada hectare mede aproximadamente um campo de futebol “A área é pequena, vai ter um minianel viário de sete quilômetros que depois ficará para a sociedade. Serão gerados 2 mil empregos com mão de obra local e R$4 bilhões de impostos em 10 anos”.
 
 


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