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Estado de Minas COVID-19

BH desobriga uso de máscaras em locais fechados

Movimento segue medida anunciada pelo Governo de Minas que, nessa terça, orientou pela desobrigação em todo território mineiro


27/04/2022 11:11 - atualizado 27/04/2022 17:22

O uso de máscaras em locais abertos já estava liberado em Belo Horizonte
O uso de máscaras em locais abertos já estava liberado em Belo Horizonte (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
O uso de máscaras de proteção em ambientes fechados será desobrigado em Belo Horizonte a partir desta quinta-feira (28/04). A medida, anunciada pela Prefeitura de BH nesta quarta (27), foi possível por conta do controle da pandemia de COVID-19 na cidade, capital de Minas Gerais.

Leia também: Zema: uso de máscaras não será mais obrigatório em locais fechados
                      População de BH admite ansiedade por liberação de máscara em local fechado

O anúncio da medida foi feito pelo prefeito belo-horizontino, Fuad Noman (PSD), em pronunciamento na sede do Executivo municipal. Ele esteve ao lado da secretária municipal de Saúde, Cláudia Navarro.

"Nosso objetivo aqui hoje (quarta-feira) é definir tirar a obrigatoriedade do uso da máscara de Belo Horizonte em ambientes externos a partir de amanhã (quinta-feira). Estarei assinando hoje decreto que libera o uso da máscara em ambientes fechados (...) O uso da máscara, então, passa a ser facultativo, quem quiser usar a máscara, use, mas acaba a obrigatoriedade", afirmou.



A partir desta quinta, a obrigatoriedade do uso da máscara ficará restrita aos transportes coletivos e escolares e a ambientes hospitalares. Eventos culturais e esportivos também podem deixar de cobrar comprovante de imunização ou teste negativo para COVID-19. Maiores detalhes serão fornecidos pela prefeitura no decreto que desobriga a utilização das máscaras de proteção.
 
 
 
A obrigatoriedade da utilização do equipamento se deu em BH em março de 2020, com o início da pandemia do coronavírus - desde 4 de março de 2022 o uso em ambientes abertos é facultativo. A cidade chega a essa decisão com os seguintes números totais relativos à COVID-19: 7.756 mortes (2.573 em 2020, 4.662 em 2021 e 521 em 2022) e 389.413 casos confirmados (112.854 em 2020, 199.702 em 2021 e 76.857).

Em relação à vacinação contra a COVID: 2.309.221 primeiras doses aplicadas; 2.128.479 segundas doses; 72.483 doses únicas; e 1.437.472 doses de reforço ou adicionais. Atualmente, a cidade está em aplicação da quarta dose da vacina para pessoas de 70 anos ou mais - que tenham um intervalo mínimo de quatro meses desde o reforço, ou terceira dose.

O movimento segue o orientado pelo Governo de Minas. Nessa terça-feira (26), o governo estadual anunciou que, a partir de domingo (1), não haverá mais orientação para a obrigatoriedade do uso do equipamento de proteção individual em território mineiro.
 

COVID não acabou


Apesar do uso da máscara de proteção se tornar facultativo em BH, tanto o prefeito quanto a secretária alertaram a população quanto aos cuidados. Fuad Noman pediu para que os protocolos sanitários sejam seguidos.

"Isso não quer dizer que a COVID acabou, não quer dizer que nós precisamos parar de tomarmos algumas medidas. Os protocolos precisam ser respeitados, a gente deve continuar lavando a mão com sabão, passando álcool, procurando evitar aglomerações, dando a distância necessária porque ainda temos a pandemia batendo na nossa porta", disse Fuad.

"A pandemia não acabou. Então, vamos ter todos os cuidados de lavar as mãos, usar álcool em gel, de evitar aglomeração. Acho que isso vai ser um legado positivo, apesar de tantos legados negativos que tivemos, esse vai ser um legado positivo que deve continuar, essa nossa aprendizagem, dizemos assim, ou esse maior controle com relação a esses fatores que vão evitar", afirmou Navarro. 

Vacinação infantil ainda preocupa


A Prefeitura de BH postergou a liberação das máscaras de proteção em locais fechados por conta da vacinação infantil, entre crianças de cinco a 11 anos. Navarro salienta que o índice ainda é abaixo, mas que, a partir de estudos com base nos indicadores da COVID-19 na cidade, foi possível essa flexibilização.
 
 

“Foi colocado no começo da nossa gestão que um dos motivos de se manter a máscara era o baixo nível de vacinação em crianças com relação à segunda dose, a dose de reforço. E a ideia inicial seria esperar alcançar um nível mais elevado para que se tomasse de retirar as máscaras”, disse.

Ela completou dizendo que, recentemente, a procura voltou a crescer quanto à segunda dose do imunizante infantil. A Prefeitura de BH também vai intensificar, a partir desta quarta, a veiculação de propagandas para que uma maior parcela deste público infantil seja vacinada.

“Realmente, não estamos ainda num nível ideal. Mas, por outro lado, houve crescimento muito rápido nos últimos 40 dias. Dia 17 de março, nós tínhamos um índice de 13,3% das crianças que haviam tomado a segunda dose, e hoje temos esse índice em 35,9%. E um dos motivos é exatamente essa tentativa de conscientização dos pais, dos responsáveis, sobre a vacinação da criança”, completa.

Números em BH


Na capital mineira, os índices da COVID-19 têm caído vertiginosamente. Em abril, segundo dados do mais recente boletim epidemiológico emitido pela Secretaria Municipal de Saúde, foram 7.135 novas confirmações para a doença e 78 mortes. O número de mortos registrados neste mês representa 14% do total de notificações em 2022.

Para se ter um comparativo, em janeiro deste ano a proporção de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) era de aproximadamente 37%, enquanto em abril esse índice caiu para cerca de 2% na metrópole.

Entre janeiro e abril de 2021, foram computados em BH 2.247 óbitos e 107.263 contaminações pelo coronavírus. Em 2022, até o momento, foram 521 mortes e 76.857 casos confirmados. O número de óbitos é 77% menor que em 2021 para o mesmo período. 

A vacinação na capital tem também apresentado números positivos. Até agora, 87,3% da população total de Belo Horizonte foi vacinada com duas doses ou com dose única, enquanto 57% dos moradores estão com o reforço. Entre o público infantil, são 75,2% com a primeira aplicação, e 35,9% com a segunda.

* Estagiária sob supervisão da subeditora Renata Galdino


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