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Estado de Minas PANDEMIA

População de BH admite ansiedade por liberação de máscara em local fechado

Minas Gerais passará a desobrigar acessório a partir do próximo domingo (1º/5) domingo, mas cidades terão autonomia para seguir decisão


26/04/2022 17:59 - atualizado 27/04/2022 10:33

Movimentação no centro da capital
BH não tem previsão de liberar máscara nos espaços fechados (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
 
Dois anos depois de reconhecer a gravidade da pandemia do coronavírus, Minas Gerais vive contagem regressiva para a liberação do uso de máscaras em locais fechados. A medida pelo governo estadual, que havia liberado o uso em locais abertos, vale a partir de domingo (1º), prazo dado pela Secretaria de Estado de Saúde para que a vacinação das crianças e dos grupos acima de 12 anos fosse aceleradas nas 28 regionais de saúde. 

Lei também: Zema: uso de máscaras não será mais obrigatório em locais fechados
 
Por enquanto, Belo Horizonte não seguirá a diretriz do estado e continuará avaliando a situação epidemiológica da cidade para avaliar mais profundamente a queda da incidência de casos e a redução do número de mortes. O que ainda pesa para que a capital tome medidas menos restritivas é a baixa imunização com a segunda dose das crianças de 5 a 11 anos (apenas 35,9% foram vacinadas) ou mesmo a aplicação da dose de reforço nos grupos acima de 12 anos (65,4% já tomaram). 

BH e Belém são as únicas capitais a não abolir a máscara em locais fechados. O Rio de Janeiro foi a primeira a adotar a medida, deixando de exigir o uso do acessório desde 7 de março. Em seguida, Natal-RN (9/3), Brasília-DF (12/3) e Maceió-AL (14/3) optaram por flexibilizar as ações de enfrentamento à pandemia, diante da queda brusca de infectados em 24 horas e óbitos. As últimas foram Salvador-BA (11 de abril) e Fortaleza-CE (14/4). 

Moradores da capital mineira já estão ansiosos para que o prefeito Fuad Noman (PSD), que herdou o posto de Alexandre Kalil (PSD), sancione o decreto que desobrigue a utilização da máscara.

José Rodrigo, de 39 anos, levou o filho Cauã Lucas, de 7, ao Centro de Saúde Vila Leonina para tomar a segunda dose do imunizante contra a COVID-19. José contou que aguarda para a liberação do uso de máscara de proteção em locais fechados da capital. “Já não uso em locais abertos. Pretendo parar de usar definitivamente quando a prefeitura liberar”.
 
Personagem da matéria José Rodrigo
José Rodrigo aguarda pela liberação do uso da máscara (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
 
Mesmo com a liberação do uso nas ruas da capital, Ana Reis, de 35, funcionária de uma loja de acessórios de celular no bairro Buritis, contou que não tem problema com clientes sem máscara na loja. “Pessoal utiliza aqui dentro e eles já entram com a máscara, não temos problema com isso. Mas lá fora eu vejo a maioria sem”.
 
Personagem Mauro Rosa
Vendedor Mauro Rosa revelou que só utiliza a proteção na rua por causa das vendas (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
 
O vendedor ambulante Mauro Rosa, de 46, revelou que só utiliza a proteção na rua por causa das vendas. “Uso porque vendo comida. Mas pretendo parar de usar assim que a prefeitura liberar”.

Já Melissa Emiliana, de 21, não se sente totalmente segura e continua usando a máscara mesmo em locais abertos. “Mesmo se liberar totalmente, pretendo continuar usando. Acho que é o certo a se fazer”.


Liberação em outras cidades 

 
Os demais municípios mineiros terão autonomia para seguir ou não a decisão estadual, já que alguns optaram por seguir critérios e protocolos de segurança próprios. Ipatinga, no Vale do Aço por exemplo, se antecipou a várias capitais e desobrigou o uso do acessório em alguns locais fechados desde o dia 14 de março.
 
Em Juiz de Fora, a máscara deixou de ser obrigatória desde 4 de abril, incluindo restaurantes, lojas e comércios no geral. Por outro lado, ela continua sendo obrigatória em salões de beleza, transporte público e escolas. 

A Prefeitura de Araxá, no Alto Paranaíba, também definiu desde o início deste mês que o uso de máscaras em ambientes fechados seria facultativo, exceto em hospitais e demais unidades de saúde. O município tomou a decisão depois que 80% da população tomou as duas doses da vacina contra o coronavírus. 

O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, entende que qualquer pessoa pode continuar usando o acessório, independentemente do que o poder público determinar: “Temos hoje uma vacinação avançada em todo o estado, o que possibilita avançarmos nessa medida. Aquelas pessoas com sintomas gripais, mais vulneráveis ou que sintam inseguras não se sintam constrangidas em usar a máscara. Ela foi importante dentro da pandemia e continua sendo. É nosso dever proteger as outras pessoas. A desobrigação não significa um estímulo para tirar a máscara”.


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