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Estado de Minas MOBILIDADE URBANA

Fuad quer subsídio de gratuidades para barrar aumento das tarifas em BH

Magistrado determinou reajuste das tarifas para R$ 5,85, mas prefeito trabalha para sinalizar ao Judiciário que o pagamento de isenções pode aliviar empresas


12/04/2022 18:25 - atualizado 12/04/2022 21:45

O prefeito de BH, Fuad Noman
Fuad Noman (foto) concedeu entrevista exclusiva aos Diários Associados nesta terça (12) (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 12/4/22)
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) se ampara no Projeto de Lei que trata dos subsídios das gratuidades do transporte público para impedir o aumento das passagens de ônibus para R$ 5,85. O prefeito Fuad Noman (PSD) articula para conseguir, junto à Câmara Municipal, a aprovação do texto que estabelece o repasse de R$ 163 milhões anuais às empresas a fim de bancar a viagem dos passageiros isentos das tarifas. Assim, seria possível, inclusive, baixar em R$ 0,20 o custo atual, fixado em R$ 4,50.

 

 

 

Nesta terça-feira (12/4), em entrevista exclusiva ao Estado de Minas e à TV Alterosa, Fuad disse que a PBH ainda não foi notificada oficialmente da liminar que determina o reajuste das passagens.

"Estamos esperando ser notificados para recorrer, mas temos um impacto. Ou a Câmara aprova o projeto de lei para reduzir as tarifas e pagarmos as gratuidades, ou somos obrigados a acatar a decisão do juiz e aumentar as passagens", afirmou.

 

 

 

O prefeito quer estabelecer diálogo com o Judiciário. A ideia é mostrar que a administração municipal trabalha para dar alívio financeiro ao setor, que reivindica subir as passagens com base no crescimento de custos como combustível e quadro de pessoal.

 

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A medida cautelar que coloca o preço das tarifas dos coletivos em R$ 5,85 foi expedida no último dia 5 pelo juiz Wauner Batista Ferreira Machado, da 3ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal da Comarca de Belo Horizonte. 

"Não posso garantir que a passagem não vai aumentar sem ter o projeto de lei aprovado. O que estamos tentando fazer é construir, com a Câmara, uma solução que assegure que os vereadores vão aprovar isso [o subsídio das gratuidades] o mais rapidamente possível. Se a gente conseguir essa negociação, vamos ao juiz, pedir um tempo para que a gente não precise cumprir [a liminar], porque teremos uma solução melhor para a sociedade", explicou Fuad.



A ação foi impetrada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH). No fim do ano passado, os representantes das concessionárias chegaram a falar em "colapso" no sistema por causa dos quatro anos sem reajustes - a última vez que a passagem subiu foi em 2018. Embora seja contrário ao aumento a R$ 5,85 Fuad concorda que é preciso rediscutir a situação.

"Espero que haja uma solução o mais rapidamente possível, porque o sistema não resiste por muito tempo mais".

 

 

Relação com a Câmara pode definir rumos

O projeto dos repasses às empresas está sob análise da Comissão de Legislação e Justiça (CLJ) da Câmara Municipal. O texto chegou a ser devolvido duas vezes pelos vereadores, que cobraram correções no documento. A primeira recusa, inclusive, deixou inconformado o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), que chamou a presidente do Legislativo, Nely Aquino (Podemos), de sua "inimiga pessoal".


Fuad, no entanto, garante que as conversas com os vereadores estão calcadas em bases sólidas. "O relacionamento com a Câmara é muito positivo, muito bom. A presidente Nely tem sido muito cortês", apontou.

 

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A equipe do prefeito recém-empossado tem se reunido com quatro vereadores - Nely entre eles - para debater soluções aos problemas ligados à mobilidade urbana. O chefe do poder Executivo assegura que os debates têm sido produtivos e sem conflitos exacerbados.

"Divergências internas acontecem mesmo. Não podemos imaginar que todo mundo tem a mesma ideia da gente ou que alguém tem uma ideia sozinho - que resolva tudo".

Revisão de contrato é hipótese aventada

Um dos temas em discussão é o contrato que rege a operação dos ônibus em BH. O trato, feito em 2008, vence em seis anos e determina, em uma das cláusulas, o reajuste anual das tarifas. Fuad não descarta interromper o acordo, desde que a decisão seja precedida por uma avaliação técnica.

"Primeiro, temos que contratar uma boa consultoria para fazer uma análise absolutamente técnica do contrato e dos desequilíbrios que aconteceram. Imagino que essa consultoria, quando contratada, e ainda temos que fazer isso, possa gastar [cerca de] seis a nove meses - ou até um ano - para fazer esse trabalho", detalhou.


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