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Estado de Minas REVOLTA NA CADEIA

Dois motins e 16 revoltas são registrados em presídios mineiros em 14 dias

Suspensão de banho de sol, de visita e má alimentação seriam as causas da revolta de presos e familiares


10/03/2022 18:43 - atualizado 10/03/2022 19:44

Na maioria dos presídios, segurança vem sendo reforçada a pedido da Sejusp
Na maioria dos presídios, segurança vem sendo reforçada a pedido da Sejusp (foto: PMMG/Divulgação )

É crescente o problema em presídios mineiros. Em 14 dias, de 25 de fevereiro a 10 de março, foram registrados dois motins e 16 subversões. Existe ainda o problema de superlotação, que segundo a Secretaria de Justiça de Minas Gerais, é um entrave que não é exclusivo de Minas Gerais, mas que acontece em todo o país.

 

Um dos motivos que servem de motivação seria o movimento de guardas penais, que reivindicam reajustes salariais e tomaram como decisão suspender banhos de sol e visitas. Familiares dos presos reclamam, também, da condição da comida e que os alimentos que entregam na portaria não estariam chegando a seus parentes condenados.

 

O movimento dos guardas penais seria também a razão de três incêndios a ônibus na Grande Belo Horizonte, na última semana. Em todos eles, os incendiários deixaram cartas reivindicando o retorno às visitas nos presídios.

 

O primeiro incêndio em coletivo ocorreu na madrugada de sexta-feira, por volta das 5h15. Um ônibus da linha 2151 foi incendiado por homens armados, na Avenida Padre José Maurício, esquina com a Rua Ildeu Moreira, no Bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte. Eram dois homens armados, que invadiram o coletivo e atearam fogo no interior do mesmo, depois de jogar gasolina.


O segundo foi na noite de sexta-feira, no Bairro Jardim dos Comerciários, quando um homem entrou no coletivo, da da linha 627 (Venda Nova/Mantiqueira). Dessa vez, era apenas um homem, que entregou outra carta, com ameaças, ao motorista. Usando querosene, ateou fogo no coletivo.


O terceiro foi por volta de 4h deste domingo, na Rua Existente, no Bairro Morro Alto, em Vespasiano. Quatro homens armados entraram no ônibus, rendendo o motorista, a quem entregaram mais uma carta, e obrigaram a descer do mesmo, assim como todos os passageiros. Em seguida, jogaram gasolina e atearam fogo.

 

As 16 subversões ocorreram no Ceresp Betim, Ceresp Governador Valadares, Penitenciária de Belo Horizonte, Presídio de Guanhães (duas vezes), Presídio de Eugenópolis, Presídio de Cel Fabriciano, Presídio de Peçanha, Penitenciária de Uberlândia (três vezes), Penitenciária de Juiz de Fora, Ceresp gameleira (Belo Horizonte), Presídio de Montes Claros II, Presídio de Janaúba e Presídio de Mariana.

 

Segundo a Secretaria de Justiça, todas as situações foram controladas por policiais penais. “Transferências de presos ocorreram; porém, detalhes não são divulgados, por razões de segurança”, diz a nota.

 

Novas vagas

 

A Sejusp informa ainda que tenta solucionar o problema da superlotação, criando novas vagas. Uma das soluções está na inauguração do anexo do Presídio de Itajubá, no Sul de Minas, com 306 novas vagas; e também em Divinópolis, cujo anexo está pronto e será inaugurado nos próximos dias.


 


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