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Estado de Minas BELO HORIZONTE

Fiéis fazem 'momento pela paz' na Igreja São Sebastião, em Belo Horizonte

O padre Carlos Felipe destacou o poder da oração em momento tão dramático para a história da humanidade


24/02/2022 20:57

igreja
Igreja de São Sebastião. Missa e ato pró-Ucrânia (foto: Marcos Vieira/EM/D.A press)
Preces para atingir um alvo em momentos violentos: o coração dos “senhores da guerra”. Na noite desta quinta-feira (23/2), após a ofensiva militar russa contra a Ucrânia, deixando a humanidade em estado de alta tensão, moradores de Belo Horizonte participaram de um momento pela paz, na Igreja São Sebastião, no Bairro Barro Preto, na Região Centro-Sul. O santo protege contra a fome, a peste e a guerra e, no auge da pandemia do coronavírus, foi invocado pelos católicos “para interceder, junto a Deus, pelo fim da doença”, conforme constatou a reportagem do Estado de Minas em muitos templos da capital e interior. São Sebastião também está incluído na lista dos “santos militares” da Igreja.

Durante a missa iniciada às 18h30, o titular da Paróquia São Sebastião, padre Carlos Felipe Dias Evangelista, com a imagem do santo nas mãos, disse que o mundo está unido pela paz. “Estamos em sintonia com as palavras do papa Francisco, que convocou os católicos, para fazerem, em  2 de março (quarta-feira de cinzas), um dia de jejum e orações, “pois a paz de todos está ameaçada”.

Titular da Paróquia São Sebastião desde terça-feira, padre Carlos Felipe destacou o poder da oração em momento tão dramático para a história da humanidade. “Vamos rezar, neste momento de crise entre a Rússia e a Ucrânia, para que os líderes desistam do conflito”, afirmou.

GUERRA E PAZ

Também nesta quinta, o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, manifestou-se sobre o agravamento da  situação. “A guerra é expressão máxima do ódio, independentemente das dimensões do conflito. A invasão da Rússia à Ucrânia é sinal do fracasso humano na construção da paz.
 Uma inaceitável ofensiva bélica que somente gera morte e destruição. Nossa oração e nossa fé nos mantêm firmes no compromisso  com a paz. Aos governantes, líderes mundiais e políticos, são exigidas ações conjuntas, velozes, reparadoras, capazes de levar, urgentemente, à superação de conflitos que vitimam inocentes, desestabilizam o mundo, ameaçam nações e cobrem a história da humanidade com a sombra da morte. O investimento permanente  seja na fraternidade universal, sem demoras ou justificativas.”

Na audiência geral de ontem, em Roma, o papa Francisco  falou da sua tristeza sobre o agravamento da situação na Ucrânia e convocou um dia de jejum e oração pela paz. “Peço a todas as partes envolvidas para que se abstenham de qualquer ação que possa causar ainda mais sofrimento às populações, desestabilizando a convivência entre as nações e desacreditando o direito internacional".

Ao final da audiência, conforme a agência Vatican News, o sumo pontífice Francisco apelou "aos que têm responsabilidade política para fazer um sério exame de consciência diante de Deus, que é o Deus da paz e não da guerra" e que "quer que sejamos irmãos e não inimigos". "Mais uma vez, a paz de todos está ameaçada por interesses de parte".

Eis a mensagem do papa Francisco a todos, crentes e não crentes:

“Tenho uma grande tristeza em meu coração com o agravamento da situação na Ucrânia. Apesar dos esforços diplomáticos das últimas semanas, cenários cada vez mais alarmantes estão se abrindo. Como eu, muitas pessoas ao redor do mundo estão experimentando angústia e preocupação. Mais uma vez, a paz de todos está ameaçada por interesses de parte. Gostaria de apelar aos responsáveis políticos para que façam um sério exame de consciência diante de Deus, que é o Deus da paz e não da guerra, o Pai de todos, não apenas de alguns, que quer que sejamos irmãos e não inimigos. Peço a todas as partes envolvidas que se abstenham de qualquer ação que possa causar ainda mais sofrimento às populações, desestabilizando a convivência entre as nações e desacreditando o direito internacional.

Jesus nos ensinou que à insistência diabólica, à diabólica insensatez da violência se responde com as armas de Deus: com a oração e o jejum. Convido a todos a fazerem no próximo 2 de março, quarta-feira de cinzas, um dia de jejum pela paz. Encorajo, de modo especial os crentes a se dedicarem intensamente à oração e ao jejum naquele dia. Que a Rainha da Paz preserve o mundo da loucura da guerra.”
 
Presente à missa, o aposentado Caetano Luiz Salomão, de 68 anos, considerou importante o momento pela paz na Igreja São Sebastião, que frequenta há muitos anos. "O mundo enfrenta um momento muito difícil, e precisamos rezar. Acredito que as pessoas têm que mudar, pensar na paz. Essa será a melhor forma de agir", diz o morador do Bairro Barro Preto. 


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