Jornal Estado de Minas

REDE PRIVADA

Crianças de 5 a 11 anos voltam às aulas com rígido protocolo contra COVID


Depois de impasse envolvendo a prefeitura de Belo Horizonte e a Justiça de Minas, as crianças de 5 a 11 anos da rede particular iniciaram o ano letivo na manhã desta terça-feira (8/2). A faixa etária era a única que não havia começado as aulas de forma presencial em virtude do decreto emitido pela PBH, que adiaria o retorno até a próxima semana para que a vacinação do grupo tivesse um avanço. 




 
 

Os colégios particulares da capital assumiram o compromisso de arcar com diversas medidas de segurança, como formação de filas com espaçamento, distribuição de máscaras e álcool em gel e limpeza do ambiente de trabalho e de lazer. 
 
As escolas privadas estão muito bem preparadas nessa questão de protocolos. Isso foi observado desde o ano passado, já que o número de alunos contaminados foi muito pequeno. Ou seja, o ambiente escolar é muito seguro”, afirma Fernando Barros, diretor do Colégio sagrado Coração de Maria, no Bairro Serra. 
 
“É importante reforçarmos o tempo todo esse cuidado com as equipes, com os professores e também contar sempre com a parceria da família para informar à escola se alguma criança sente algum sintoma, seja ele febre, mal-estar, vômito ou diarreia. Essa parceria entre família e escola contribui muito”, acrescenta. 




 
A vacinação de crianças entre 5 e 11 anos ainda está aquém do esperado. A Secretaria Municipal de Saúde informou que, até o momento, foram convocadas 136 mil crianças, sendo de 7 a 11 anos sem comorbidade, do público-alvo. Até o último sábado (5/2), dia 5 de fevereiro, foram imunizadas 70 mil crianças. O número corresponde a 51% dos convocados.
 
A administradora de empresas Danielle Nogueira de Sá levou a filha Luísa, de 7 anos, pela primeira vez ao Colégio Santo Antônio na Savassi. A criança não foi imunizada contra o coronavírus justamente porque a mãe foi infectada pela doença e, desta forma, receberá a dose em 30 dias. 
 
Danielle elogia os procedimentos de segurança no controle à COVID-19 (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
 
Danielle elogia os procedimentos de segurança no controle à doença: “A escola manteve o padrão do ano passado. São duas máscaras, um pote de álcool... Ela aprendeu que tem de lavar a mão a toda hora, limpar a carteira. O colégio é muito cuidadoso e eu confio muito nas medidas que eles estão tomando”. 




 
O período de aula remota na pandemia foi um problema a mais para os pais no que diz ao desenvolvimento cognitivo das crianças. Nesse sentido, o retorno às escolas é uma oportunidade a mais para que as crianças melhorem o aprendizado e tenham contato com outros colegas.
 
Fabiano diz que ensino presencial é muito superior no desenvolvimento do filho Bernardo (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
 
O empresário Fabiano Dieguez, que levou o pequeno Bernardo, de 7, ao colégio, comemora o retorno ao ensino presencial: “Naquele pior momento da pandemia, em que tudo fechou, o Bernardo deu uma travada, principalmente na questão de socialização. Ele sempre se desenvolveu muito em todos os aspectos. Quando teve a retomada das aulas presenciais, no ano passado, é impressionante como o menino de 7 anos 'fica louco' para ver os colegas no dia seguinte e viver o ambiente escolar. Percebi que a escola é muito saudável para ele."
 
No primeiro dia de aula na rede privada, uma equipe da BH Trans promoveu ação de conscientização no trânsito da capital. Diverso artistas passaram mensagem aos pais e crianças sobre a importância de respeitar a sinalização, não parar em fila dupla e atravessar a rua na faixa de pedrestes. 




 
Rede pública 

Os alunos de 5 a 11 anos da rede municipal têm retorno previsto nesta quarta-feira (9/2). Professores e demais servidores foram convocados pela Secretaria Municipal de Educação para se reunir de forma remota e planejar o calendário escolar na rede pública.
 

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