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Estado de Minas COVID-19

Sem prescrição, Minas Gerais projeta iniciar vacinação infantil em janeiro

Secretário de Saúde, o médico Fábio Baccheretti confia em 'sinalizações positivas' emitidas pelo Ministério da Saúde para vacinar crianças de 5 a 11 anos


31/12/2021 16:05 - atualizado 31/12/2021 16:20

Profissional de saúde prepara vacina para aplicar em frequentador de posto drive-thru da Prefeitura de BH
Início de 2022 pode ser marcado por alívio a mães e pais que esperam ansiosamente ver a vacina no braço de seus filhos pequenos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) se prepara para iniciar em janeiro a aplicação de vacinas contra COVID-19 em crianças de 5 a 11 anos. Segundo o médico Fábio Baccheretti, titular da pasta, o Ministério da Saúde acenou com a possibilidade de enviar as doses já no primeiro mês de 2022. Serão utilizadas injeções fornecidas pela Pfizer.

"Já existe uma sinalização do Ministério da Saúde de que o envio das doses iniciará no próximo mês", disse ele, nessa quinta-feira (30/12), durante a última reunião de 2021 do comitê instituído para tratar do combate ao coronavírus.

Bacchereti, assim como outros secretários estaduais de saúde, tem refutado a ideia do governo federal de solicitar prescrição médica no ato da vacinação infantil. "Não haverá a exigência da prescrição médica. O público infantil será tratado como os diversos públicos dentro do Programa Nacional de Imunizações (PNI)", assegurou.

Os mais recentes dados sobre a vacinação em Minas, atualizados ontem, apontam que mais de 85% da população do estado recebeu ao menos duas doses. Foram ministradas, ainda, mais de 2,7 milhões de injeções de reforço.

Choques e desencontros


A última semana de 2021 foi marcada por novos embates entre lideranças regionais e representantes do Palácio do Planalto a respeito da imunização de crianças. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, teceu críticas a governadores. Ele afirmou que, ao dispensarem a exigência de atestado médico, os políticos tentam interferir nas secretarias.

"Governadores falam em prescrição (médica), prefeitos falam em prescrição. Pelo que eu sei, a grande maioria deles não é médico, então eles estão interferindo nas suas secretarias estaduais e municipais", disparou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, chegou a afirmar que Laura Bolsonaro, sua filha caçula, de 11 anos, não será vacinada.

Enquanto isso, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu "humildade" aos que questionam o parecer técnico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a favor da utilização das vacinas nos pequenos.

"Temos que ter a humildade de reconhecer que (para) essas questões técnicas, de medicina, de ciência, há critérios científicos, que não são políticos, estabelecendo qual deve ser o norte", clamou, em entrevista ao Estado de Minas, há dois dias. "Vale para todos [o pedido de humildade]. Para mim, meus colegas, para a sociedade e todas as instâncias. E, inclusive, para o presidente da República, evidentemente", completou.

Zema chegou a falar em esperar fim de impasse


Em 20 de dezembro, também ao EM, o governador Romeu Zema (Novo) indicou que esperaria o término do imbróglio entre a Saúde federal e a Anvisa para dar o pontapé inicial na vacinação infantil em Minas.

"Não custa nada (esperar o fim do imbróglio). A situação, neste momento, está sob controle. As crianças têm imunização natural. Seria quase que um reforço. Não vamos tomar nenhuma decisão precipitada. Vamos aguardar para fazer a coisa com critério", vislumbrou, à ocasião.

Casos e óbitos


De ontem para esta sexta, foram confirmados mais 1.503 novos casos da COVID-19 e quatro óbitos. Assim, Minas Gerais fecha o ano com 2.223.985 da doença desde o início da pandemia, em março de 2020.

Desse total, 2.151.860 pessoas sobreviveram ao vírus. Há 15.466 casos em acompanhamento, que correspondem a pacientes em tratamento e casos que precisam de atualização por parte das secretarias municipais de saúde. O número de mortos chega a 56.659.

No boletim de 1º de janeiro deste ano, o cenário era bem diferente. De 31 de dezembro de 2020 até o primeiro dia de 2021, 3.975 casos haviam sido confirmados, e foram 99 mortes registradas pela SES em 24 horas.


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