![Juíza Fabiana Almeida, do 3° Tribunal do Júri de Belo Horizonte, lê a sentença do acusado de matar um jovem, em Sabará (foto: TJMG/Divulgação ) Juíza lê a sentença do réu Weverton de Paula, ex-cabo da Polícia Militar de Minas Gerais](https://i.em.com.br/xfZp8oDNFhDWvVE-wCtDbqCAqB8=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/11/16/1323198/juiza-le-a-sentenca-do-reu-weverton-de-paula-ex-cabo-da-policia-militar-de-minas-gerais_1_43870.jpeg)
O ex-PM respondia por homicídio qualificado, por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima. Durante o interrogatório, ele afirmou não ter percebido que tinha acertado a cabeça da vítima, apenas os braços dela.
O júri, formado por seis mulheres e um homem, decidiu que Weverton não agiu com intenção de matar, sendo condenado por homicídio culposo. Apesar disso, os jurados destacaram as circunstâncias desfavoráveis, como elevada agressividade do réu, descompasso com a função, motivo fútil e vítima abordada de surpresa.
O promotor Christian Lúcio da Silva afirmou que vai recorrer da decisão. O ex-PM vai aguardar a decisão do recurso em liberdade.
Denúncia
Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em 4 de fevereiro de 2018, por volta das 23h, no Bairro Nações Unidas, em Sabará, o réu assumiu o risco de matar ao desferir dois golpes no pescoço e um chute na cabeça da vítima. Para o MPMG, o ex-PM agiu por motivo fútil, utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima, “provocando-lhe lesões corporais que foram a causa eficiente de sua morte”.
A agressão foi filmada por uma câmera de segurança a alguns metros do crime. O jovem chegou a ser levado para uma Unidade de Pronto-Atendimento de Sabará e, depois, transferido, em estado grave, para o Hospital João XXIII, na capital mineira, onde teve constatada a morte cerebral.
Em março do mesmo ano, o ex-PM foi preso, acusado do crime. Ele foi exonerado da PMMG, por processo administrativo, por causa do homicídio e aguardava o julgamento em liberdade.
*Estagiária sob supervisão