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Estado de Minas CHUVARADA NO DIA 1º

Após tempo firmar, Contagem limpa estragos do temporal no feriadão

Prefeitura estima que trabalho de limpeza em áreas que foram alagadas na segunda-feira (1º/11) termine nesta quinta-feira (4/11)


03/11/2021 20:23 - atualizado 03/11/2021 20:40

Funcionário trabalhando em área que foi algada
Limpeza de áreas que foram danificadas pelas chuvas deve continuar até esta quinta-feira (4/11) (foto: Prefeitura de Contagem/Divulgação)
Mesmo com estudos hidrológicos, simulações em áreas de risco e trabalho de limpeza de bueiros e construção de encanamentos de escoamento d'água, Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, se viu em meio a um turbilhão na tempestade que atingiu a cidade no feriadão de Finados. Tanto que a limpeza das áreas afetadas só deve ser totalmente finalizada nesta quinta-feira (4/11).
O balanço da prefeitura aponta que nenhuma família ficou desabrigada e apenas uma pessoa precisou de atendimento médico (leia mais abaixo).
 
Segundo a subsecretária da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, Ângela Gomes, Contagem foi atingida por uma "tromba d'água", que não é possível de ser prevista (apesar dos alertas do Instituto Nacional de Meteorologia para as chuvas intensas). 
 
"Apesar da chuva ter sido um fenômeno hidrológico de grandes proporções, de grandes dificuldades de salvamento, a resposta a essa situação foi satisfatória", avalia.
 
A Secretaria de Desenvolvimento Social contabilizou atendimento a moradores da Vila São Paulo (que fica às margens da Avenida Tereza Cristina, inundada) e Itaú. Nove famílias receberam cestas básicas, mas nenhuma precisou ser encaminhada ao abrigo. Todas elas receberam, nas últimas 24 horas, produtos de higiene para limpar as casas.
 
O superintendente de Limpeza Urbana, Snuber Siaron Silva, afirma que a limpeza está sendo realizada em regime de força-tarefa. "Limpamos vários trechos da Avenida Francisco Firmo de Matos, Trincheira do Itaú e Rua Emboabas, próximo ao túnel do Morada Nova. As Vilas Samag, São Paulo e Itaú também precisaram do nosso trabalho", afirmou.
 
Um estudo feito pela própria prefeitura aponta que 10% dos moradores do municípiovivem em áreas de risco para deslizamentos ou enchentes. Novos núcleos de monitoramento, que são compostos por moradores dessas áreas, integrantes da Defesa Civil e de outras secretarias, estão sendo montados, e a previsão é que a cidade tenha pelo menos um núcleo por bairro até o fim do ano. Para Ângela Gomes, foi a atuação dos grupos já existentes que permitiu que o número de vítimas não fosse grande.
 

Avenida Tereza Cristina, de novo, outra vez

A situação mais crítica foi a da personal trainer Cibelle Freitas, 32, que ficou presa na enxurrada da Avenida Tereza Cristinae teve que se segurar no teto do carro. A moradora do Bairro Bernardo Monteiro voltava do trabalho quando foi pega de surpresa pela tromba d’água, que fez o nível do Ribeirão Arrudas subir rapidamente.
 
A prefeitura afirma que Cibelle não teria visto a sinalização que existe na avenida, e é colocada quando tempestades se aproximam, porém moradores disseram que, quando os guardas civis foram fechar a área, o carro com a motorista já estava sendo levado.
 
Os próprios integrantes da corporação tentaram fazer o resgate jogando cordas, porém a força da água era muito grande. O Corpo de Bombeiros teve que ser acionado, e, com os equipamentos específicos para situações do tipo, conseguiram resgatar Cibelle, que foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) JK, pois tinha engolido bastante água. Ela não teve ferimentos e já está em casa.
 
A viatura da Guarda Civil que prestou o primeiro atendimento acabou arrastada pela enxurrada. Os guardas tiveram que se abrigar na casa de um vizinho e esperar a água baixar.
 
A Avenida Tereza Cristina, que corta Belo Horizonte e Contagem, é um problema antigo, assim como também são antigas as promessas de solução para o trecho. As prefeituras das duas cidades têm um projeto em conjunto para tentar alargar o Ribeirão Arrudas, mas BH pediu R$ 39 milhões a maispara o governo do estado para conseguir custear a parte dela no trabalho e ainda não houve uma resposta para o pedido.
 
Enquanto isso, a capital segue contabilizando os estragos na parte que lhe competeda avenida. E os moradores, os prejuízos que as enchentes causam.


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