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Estado de Minas SECA

Lagoa dos Ingleses: nível baixo da represa demonstra seca que atinge Minas

Há seis meses, Minas não recebe chuvas com volume suficiente para abastecer os reservatórios


29/08/2021 18:00 - atualizado 31/08/2021 16:10

Nível baixo da Lagoa dos Ingleses (foto: Renato Scapolatempore/EM/DA PRESS)
Nível baixo da Lagoa dos Ingleses (foto: Renato Scapolatempore/EM/DA PRESS)
O nível baixo da represa da Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, Grande BH, é sinal da pior seca dos últimos 111 anos. O alerta de emergência hídrica foi emitido pelo Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), que informou que a escassez atingiria, entre junho e setembro, Minas e outros estados brasileiros. 
 
O diretor do Minas Náutico, Jorge Guimarães, fica triste em ver a lagoa assim, mas afirma que o nível tão baixo não impossibilita a prática de esportes, embora traga danos. "Estamos no final da seca. A lagoa já esteve em dias melhores. Estava bem cheia há dois meses, mas  baixou muito", diz. O Minas Náutico tem permissão para realizar esportes aquáticos na lagoa, que é de propriedade privada, como remo e barco a vela. "Os esportes ficam prejudicados, mas ainda não impossibilitados. A gente fica muito triste de ver a lagoa assim. Ela é bonita cheia", pontua. 
 
De acordo com o meteorlogista Ruibran dos Reis, choveu muito pouco no período previsto, de outubro de 2020 a abril de 2021, o que reflete no nível dos cursos d'água e reservatórios. Já são quase seis meses sem chuvas com volume suficiente para o abastecimento hídrico. "Somente em fevereiro, tivemos chuvas acima da média. De março para cá, as chuvas pararam. Sem chuvas para as nascentes e para abastecer os reservatórios", avalia.  
 
A exemplo de Nova Lima, a seca também castiga a capital. A previsão é de que ela deve chegar na terça-feira (31/8) a Belo Horizonte, de acordo com o 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Neste domingo, a capital mineira teve temperatura mínima de 13,4 graus na madrugada, e a máxima durante o dia foi de 27 graus.
 
(foto: Renato Scapolatempore/EM/DA PRESS)
(foto: Renato Scapolatempore/EM/DA PRESS)
 

Ruibran, no entanto, ressalta que chuvas significativas só devem ocorrer em outubro. "Essa seca continuará em setembro", afirma. O metereologista lembra que essa mudança nos regimes de chuva é causada pelo aquecimento global. "O IPCC, Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, divulgou relatório com participação de 100 países, com os melhores artigos científicos do mundo, dizendo que o homem é o causador da mudança de clima", diz.
 
Entre as consequências das mudanças climáticas estão as secas extremas, como a que atinge o Brasil, colocando o país em risco de desabastecimento de energia elétrica.  "Em um ano chove muito, no outro, chove pouco. Quando tem seca é seca extrema". Ele lembra que o período chuvoso de 2019 e 2020 foi bom, mas que não ocorreu nesta temporada. Períodos chuvosos bastante ruins deverão ocorrer também no período 2021/2022.


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