(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas SEGURANÇA PÚBLICA

Minas Gerais registra queda de 24% nos crimes violentos em 2021

Ao todo, foram 19.367 ocorrências de janeiro a junho; levantamento mostra 6.309 crimes violentos a menos em relação ao mesmo período de 2020


20/07/2021 18:41 - atualizado 20/07/2021 19:43

Governo atribui queda ao trabalho realizado por forças de segurança do estado (foto: Dirceu Aurélio/ Sejusp)
Governo atribui queda ao trabalho realizado por forças de segurança do estado (foto: Dirceu Aurélio/ Sejusp)
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) divulgou nesta terça-feira (20/7) que Minas Gerais encerrou o primeiro semestre de 2021 com queda de 24,6% nos registros de crimes violentos. Foram anotadas 19.367 ocorrências de janeiro a junho deste ano, contra 25.676 no mesmo período de 2020.
 
São 6.309 crimes violentos a menos em relação ao mesmo período do ano passado. A redução chega quase à metade se forem comparados os dados com o primeiro semestre de 2019, quando Minas registrou 37.375 crimes violentos. 
 
Já na comparação com os dados de 2018, a queda é ainda mais expressiva, com 31.567 crimes violentos a menos. 
 
Na contramão do restante do país, Minas está registrando cada vez menos crimes violentos. Segundo o governo do estado, "a progressiva evolução dos índices é fruto de uma gestão eficiente na segurança pública mineira, por meio de investimentos em ações de inteligência e fortalecimento da integração entre as forças de segurança". 
 
As estatísticas de criminalidade violenta incluem os registros de homicídio consumado e tentado, extorsão mediante sequestro consumado, sequestro e cárcere privado consumado e tentado, estupro consumado e tentado, estupro de vulnerável consumado e tentado, roubo consumado e tentado e extorsão consumado e tentado. 
 
Além desses crimes, o Observatório de Segurança Pública da Sejusp também monitora e divulga mensalmente os registros de furto e lesão corporal dos 853 municípios mineiros. 

Quedas expressivas 

No primeiro semestre de 2021, os crimes que registraram queda mais expressiva foram os roubos consumados e tentados, que apresentam relação mais direta com o contexto de pandemia. 
 
As reduções foram de 30,7% nos consumados e 28,5% nos tentados. Entre os alvos, destaque para a diminuição de 53,2% dos roubos a transporte coletivo e de 36,2% dos roubos a pedestres.
 
Um dos indicadores que foi menos afetado pela pandemia é o número de homicídios consumados. Apesar disso, esse também teve redução de 10,9% em MG. Foram 1.205 vítimas neste ano, contra 1.353 no mesmo período de 2020. 

Belo Horizonte e Região Metropolitana

Os homicídios na capital mineira apresentaram uma importante redução no primeiro semestre de 2021. Em Belo Horizonte, a queda chega a 27,1%, enquanto na Região Metropolitana houve diminuição de 15,5% nas vítimas de homicídios.
 
Um levantamento realizado pela startup Azos, a partir do cruzamento de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicou queda de 51% nos assassinatos em Belo Horizonte nos últimos cinco anos. Entre o período de 2014 e 2019, o número reduziu de 849 para 416. 
 
Em Betim, RMBH, os números foram de 246 para 98, queda de 60% no mesmo período de tempo. 

Anuário Brasileiro de Segurança Pública

No dia 15 de julho o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021. Entre as estatísticas analisadas, a quantidade de homicídios no país chamou ainda mais atenção, por registrar aumento após uma sequência de dois anos em queda.
 
Ao todo, foram notificados 50.033 assassinatos no Brasil durante a pandemia. É o equivalente a uma morte a cada dez minutos, ou 4,8% a mais em relação a 2019. Com isso, a taxa do país chegou a 23,6 homicídios por 100 mil habitantes em 2020. Resultado pior do que no ano anterior, quando foi registrado o menor índice da década (22,7), com total de 47.742 assassinatos. 
 
Entre as razões para o aumento das mortes, estão as armas de fogo nas mãos de civis, rearranjos na disputa do crime organizado e tensão entre policiais e governos estaduais. Segundo o anuário, atualmente há 2.077.126 armas particulares, sendo que 186.071 novas armas foram registradas na Polícia Federal só em 2020. 
 
Uma das hipóteses relacionadas ao rearranjo no crime organizado é a disputada pela chefia do Primeiro Comando da Capital (PCC). "A partir do momento que lideranças tradicionais são isoladas, há prisões importantes, o fim de rotas consolidadas do tráfico e um volume grande de recursos bloqueados na Justiça, não se pode descartar a possibilidade de algum conflito por novas lideranças. Como efeito do enfraquecimento do PCC, houve uma reconfiguração do crime, abrindo espaço para outras facções principalmente no Nordeste" disse o sociólogo Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo".
 
Em relação à tensão policial, uma das peças principais no aumento da violência foi a greve da Polícia Militar no Ceará, estado que liderava a queda de homicídios nos anos anteriores e em 2020 vivenciou uma a grande crise, que segundo o relatório, além de ter prejudicado políticas públicas de segurança, também favoreceu a atividade de facções criminosas. O estado notificou 4,1 mil assassinatos e crescimento de 75,1% em relação ao ano anterior. 
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)