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Estado de Minas RECLAMAÇÕES

Moradores de BH relatam dificuldade para receber 2ª dose da AstraZeneca

Problema acontece ao menos nos centros de saúde da Região Nordeste da capital mineira


15/07/2021 10:25 - atualizado 15/07/2021 16:30

PBH garante que escassez de vacina é pontual, e o reabastecimento acontece o
PBH garante que escassez de vacina é pontual, e o reabastecimento acontece o "mais rápido possível" (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 03/05/2021)

  
Moradores da Região Nordeste de Belo Horizonte enfrentam dificuldades para encontrar centros de saúde com estoque de vacinas da AstraZeneca (Oxford/Fiocruz). Na manhã desta quinta-feira (15/7), a reportagem conversou com pessoas de 61 anos, público-alvo da campanha atualmente, que foram surpreendidas no Centro de Saúde Cidade Ozanan, no Bairro Ipiranga.
 
Mário Lúcio chegou logo cedo ao local para tentar completar o esquema vacinal. Com agenda apertada por causa do trabalho, ele lamentou o fato. "Muito difícil. Eu me programei pra vir até aqui e não encontrei a vacina. Agora, vou correr para dar tempo". 

Situação semelhante aconteceu com Carlos Monteiro, morador do Ipiranga. "Tomei a primeira dose aqui, e agora não consegui tomar a segunda. Complica o planejamento da gente, infelizmente", afirmou. 

No Centro de Saúde Cidade Ozanan, a orientação da equipe da Secretaria Municipal de Saúde era para que o cidadão se dirigisse ao Centro de Saúde Alcides Lins, no Bairro Concórdia, na mesma região.
 
"É o que mais acontece", afirmou uma funcionária da unidade, em anonimato. Em nota (leia a resposta completa abaixo), a Secretaria Municipal de Saúde informou que o problema é pontual e resolvido "o mais rápido possível" quando acontece.

De carro, o trajeto até a unidade do Concórdia leva cerca de cinco minutos. Porém, como a rede pública atende pessoas de todas as classes sociais, alguns moradores precisam se deslocar a pé, o que leva 20 minutos. 

Como o público-alvo é de idosos, pode ser necessário recorrer ao transporte público. Neste caso, o morador precisa andar até a Rua Jacuí, 3.641, onde quatro linhas diferentes vão até o número 2.227 da mesma via. De lá, mais uma pequena caminhada até a unidade do Concórdia. A passagem custa R$ 4,50.
 
Em caso de contratação de transporte privado por aplicativo, o custo é de aproxidamente R$ 8 entre as duas unidades, em cotação realizada na manhã desta quinta (15/7). 

Via sacra


Um relato nas redes sociais motivou a reportagem a se dirigir até a Região Nordeste nesta quinta (15/7) para verificar o problema. Nessa quarta (14/7), o jornalista Marcus Rocha precisou enfrentar uma verdadeira peregrinação para encontrar a AstraZeneca nos centros de saúde da regional.
 
 

O desafio dele começou justamente no Centro de Saúde do Bairro Ipiranga, onde teve a mesma resposta dos personagens ouvidos pelo Estado de Minas.

De lá, a orientação foi para que ele fosse até a unidade do Bairro Cachoeirinha, na Rua Borborema. Novamente, ele não encontrou a dose.

"Após rodar uns 20 minutos, localizei o CS (Centro de Saúde) no alto do Bairro Cachoeirinha. Ali, para minha decepção, fui informado que também não havia a vacina AstraZeneca. E que para consegui-la teria de ir ao CS do Bairro União (Leopoldo Crisóstomo de Castro), Rua Leôncio Chagas, divisa com o Bairro São Joaquim", escreveu Rocha no Facebook.

Mais uma vez, o sistema de saúde exigiu paciência do jornalista: sem estoque da vacina produzida pela Oxford em conjunto com a Fiocruz.

A última tentativa foi no Centro de Saúde São Paulo, na Rua Queluzita. Lá, tinha vacina, mas faltavam seringas para aplicação.  

"Achei até que era brincadeira! Mas, ao verificar melhor o local, notei que havia dezenas de pessoas. Todas esperando a chegada das seringas que, segundo a atendente, chegariam a qualquer momento", relatou.

"A espera durou uma hora, mas o jornalista conseguiu se vacinar. "Só assim entendi porque tanta gente tem desistido de tomar a segunda dose. Eu só não desisti porque estava de carro e determinado a me imunizar para ficar livre", completou.

Outro lado


Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que "não há falta de imunizantes na capital", apenas escassez pontual em dias de grande procura.

"Quando acontece, a Secretaria Municipal de Saúde trabalha para fazer o reabastecimento de doses o mais rápido possível. A informação sobre falta de seringas no Centro de Saúde São Paulo não procede", informou a PBH.

O Executivo municipal esclarece, ainda, que todo os grupos convocados "só podem ser vacinados em unidades exclusivas para cada público", portanto a imunização não acontece em todos os centros de saúde.

"Os locais são dinâmicos e passam por alterações diariamente por questões de logística para evitar aglomeração do público. Além disso, algumas pessoas procuram os pontos de vacinação em data posterior ao chamamento da prefeitura, quando a disponibilização do imunizante para o público específico está mais concentrada em algumas unidades para evitar a perda de doses", esclareceu.
 

Novo estoque


Nesta quinta, o Governo de Minas recebe um novo carregamento de vacinas da AstraZeneca. A carga chega por via terrestre durante a noite, por volta das 19h30. São 379.750 doses no total.

As ampolas vão para aa Central Estadual de Rede de Frio, no Bairro Gameleira, Região Oeste da capital mineira. De lá, segue para as unidades regionais de saúde, onde as prefeituras devem buscar as cotas que lhes cabem.  


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