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Estado de Minas IMPORTUNAÇÃO SEXUAL

Dentista é suspeito de importunar sexualmente adolescentes em consultório

Na segunda-feira (12), adolescente de 17 anos acusou o dentista de se masturbar enquanto a atendia, em Juiz de Fora; mais 4 denúncias vieram à tona


14/07/2021 21:58 - atualizado 14/07/2021 22:12

O suspeito foi conduzido pela PM à 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Juiz de Fora, que ratificou o flagrante. O dentista foi solto pouco depois(foto: Google Street View/Reprodução)
O suspeito foi conduzido pela PM à 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Juiz de Fora, que ratificou o flagrante. O dentista foi solto pouco depois (foto: Google Street View/Reprodução)
No mínimo cinco adolescentes acusam um dentista de Juiz de Fora de importuná-las sexualmente. O autor foi preso e deu entrada no sistema penitenciário de Matias Barbosa na madrugada dessa terça-feira (13/7), mas foi solto poucas horas depois. 
A ocorrência mais recente teve início na segunda-feira (12/7), quando uma adolescente de 17 anos foi até o consultório dentário do profissional, localizado no Bairro Santa Cruz, na Zona Norte da cidade, para realizar a manutenção de seu aparelho.
 
Durante o atendimento, a jovem flagrou o dentista se masturbando com uma das mãos. Ela saiu correndo, comunicou o fato para sua mãe, que acionou a Polícia Militar (PM).

O flagrante foi ratificado na 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil do município da Zona da Mata mineira, e o suspeito encaminhado para o sistema prisional.
 
Após a exposição do caso na mídia local, outras quatro vítimas, com idades entre 15 e 17 anos, procuraram a delegacia entre terça-feira (13/7) e esta quarta-feira (14/7) para denunciar o dentista. Todas elas relataram o mesmo modo de agir na importunação sexual.
 
O caso foi encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, que agora prossegue com a investigação deste caso e das demais denúncias que vieram à tona.
 
A delegada Ione Barbosa – que assumiu as diligências – concedeu uma entrevista ao Estado de Minas e falou sobre o andamento das investigações, além de fornecer detalhes do fato mais recente.
 
“Apesar do crime ter acontecido nessa segunda-feira, a adolescente já estava desconfiada do suspeito há mais de três meses. Ela ia até o consultório para ajustar o aparelho, mas começou a perceber que não estava sentindo mais aquela dor característica após a manutenção”, inicia a delegada.
 
A intenção do autor do crime, portanto, seria estimular a volta da paciente ao consultório em espaços mais curtos de tempo. 
 
“Em todos os atendimentos, a vítima, quando deitada, ouvia barulhos estranhos. Ele sempre realizava o atendimento com apenas uma mão. Na segunda-feira, ele se descuidou e ela, quando levantou, flagrou o autor com o órgão genital exposto. Ele se assustou e se cobriu com o jaleco”, detalha a titular da 4ª Delegacia de JF.
 
As investigações preliminares apontam que o dentista vem vitimando mulheres há pelo menos cinco anos. “Todas as vítimas dele até agora relatam o mesmo modo de agir na conduta criminosa.

Uma dessas novas denúncias foi feita por uma garota de 15 anos. O caso teria acontecido quando ela tinha apenas 10, mas a mãe, na época, não quis denunciar”, destaca. 
 
A delegada, que também preside o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher em Juiz de Fora, encaminhou um ofício ao Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais solicitando que o dentista tenha o direito de exercer a profissão suspenso até o término das investigações.
 
Orientações para outras possíveis vítimas
 
A delegada Ione Barbosa orienta que outras mulheres, vítimas do dentista, podem procurar a 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Juiz de Fora, no Bairro Santa Terezinha, das 8h30 às 17h, para registro de denúncia.
 
 
 


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