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Estado de Minas OPERAÇÃO

Polícia detalha investigações de esquema de tráfico de Minas para o Rio

Ao longo de oito meses de investigações, 21 pessoas foram presas. Ontem, Polícia Civil cumpriu mandados em seis cidades, duas em São Paulo


09/07/2021 11:59 - atualizado 09/07/2021 12:21

Da esquerda para a direita, o delegado João Francisco Barbosa Neto, da 1ª Draco, delegado Márcio Simões Nabak, Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, e o investigador de polícia Augusto, chefe de equipe da 1ª Draco(foto: Reprodução da internet/Youtube/Polícia Civil de Minas Gerais)
Da esquerda para a direita, o delegado João Francisco Barbosa Neto, da 1ª Draco, delegado Márcio Simões Nabak, Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, e o investigador de polícia Augusto, chefe de equipe da 1ª Draco (foto: Reprodução da internet/Youtube/Polícia Civil de Minas Gerais)


Mais de uma tonelada de cocaína apreendida, 21 presos, 13 procurados, 60 veículos sequestrados e R$ 600 mil em espécie apreendidos. Esses são alguns dos números finais de mais de oito meses de investigações que levaram a Polícia Civil a desencadear a operação Saxa Montis nessa quinta-feira (8/7) contra um grupo criminoso que atuava no tráfico de drogas de Minas para o Rio de Janeiro. Os detalhes foram apresentados em uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira. 

O delegado João Francisco Barbosa Neto, da 1ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), ligada ao Departamento de Operações Especiais (Deoesp) disse que traficantes de Minas Gerais ofereciam pasta base de cocaína para traficantes do Rio de Janeiro. 

“A pasta base vem do exterior passando pelo Mato Grosso, na maioria dos casos (ia) para Vespasiano e de lá saía para o Rio de Janeiro. Eles tentavam usar rotas alternativas onde tem menos policiamento. As investigações indicam que alguns desses criminosos têm passagens por crimes graves como roubo a banco, homicídio e tráfico. Alguns deles, os líderes, atuam no tráfico há décadas”, explicou. O destino das drogas seria o Complexo da Maré, sob responsabilidade de uma facção.

As ações da Polícia Civil tiveram apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) justamente para interceptar esses veículos. Durante as investigações, foram apreendidas 1 tonelada e 250 quilos de cocaína em cinco ou seis ações, a última delas há um mês em Leopoldina, na Zona da Mata, quando foi localizada meia tonelada da droga. 

Assista ao vídeo da coletiva da Polícia Civil transmitida nesta sexta


A Polícia Civil identificou quatro líderes, sendo três de Minas Gerais e um em São Paulo. “Dois líderes são do Morro das Pedras (Região Oeste de Belo Horizonte), criados juntos. Um saiu de lá e mora em Lagoa Santa, Vespasiano. Lá se associou ao terceiro líder”, explica o delegado. 

“Desses 34 (suspeitos) com prisão decretada, temos três como líderes com atuação em Minas, um em São Paulo, cerca de 10 a 15 indivíduos em nível intermediário e os demais com a mercância de drogas diretamente. Todos tinham atuação intensa com capitalização financeira muito alta”, detalhou Barbosa Neto. 

Nessa quinta-feira (8/7), a polícia saiu às ruas com mandados de prisão contra os suspeitos. Alguns já estavam detidos. Até o momento, do início das investigações para cá, 21 pessoas foram presas. 

O delegado explica que entre eles há mulheres e pessoas da mesma família, como pai e filho que estão foragidos. 

Além das ordens de prisão, foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Os policiais estiveram em endereço em Belo Horizonte, Vespasiano, Lagoa Santa, Esmeraldas, Mogi das Cruzes (SP) e Bertioga (SP).

Em São Paulo se encontrava um dos principais investigados. “Era responsável  pelo recebimento do dinheiro e fornecimento as drogas. Na casa desse indivíduo foi apreendido, somente ontem, mais de R$ 120 mil em espécie. Esse indivíduo tem vários imóveis em Mogi das Cruzes e região litorânea de São Paulo”, disse. 

Com o objetivo de descapitalizar a organização criminosa, além do bloqueio de contas bancárias, foi realizado o sequestro de 60 veículos, avaliados em mais de R$ 6 milhões, e quatro imóveis avaliados em R$ 10 milhões. Esses locais ficam no Bairro Castelo, Região da Pampulha, em BH, Vespasiano, Lagoa Santa e Jaboticatubas. 

“Nós consideramos que desmantelamos essa organização criminosa. É por isso que inicie a minha fala aqui acreditando no trabalho da Justiça em condenar a duras penas esses indivíduos. Sabemos que certamente serão substituídos ou interpostos por outras pessoas que tentaram assumir os lugares deles, mas isso leva tempo. Pela robustez da investigação leva tempo”, destacou o delegado da Draco. 


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