![Detentos da Nelson Hungria produzindo as toucas e cachecóis para doação(foto: Ascom-Sejusp/Divulgação) Detentos da Nelson Hungria produzindo as toucas e cachecóis para doação(foto: Ascom-Sejusp/Divulgação)](https://i.em.com.br/FTwVs1lf8YQNsgKq4jqEoPYRbIQ=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/07/02/1282872/20210702113739917736a.jpg)
O projeto, intitulado Tecendo com o Coração, conta com a participação de 36 detentos. Eles já confeccioaram 114 toucas e 568 cachecóis, sendo 554 de tecido e outros 14 de crochê, que serão doados para residentes do entorno da rodoviária de Belo Horizonte e para 58 idosos que vivem no Lar Maria Clara, localizado em Contagem.
Todos os materiais para a confecção das toucas e cachecóis vieram a partir de doações de professores, diretores, amigos, Grupo Estação do Amor e de parcerias com a empresa BRTA Transportes, que funciona dentro da unidade e foi a responsável pelos insumos de grande parte dos cachecóis.
![Toucas e Cachecóis produzidos pelos detentos que serão entregues a doação(foto: Ascom-Sejusp/Divulgação) Toucas e Cachecóis produzidos pelos detentos que serão entregues a doação(foto: Ascom-Sejusp/Divulgação)](https://i.em.com.br/alVyunKd47F-Xm9ftOk7Aaf3Ok0=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/07/02/1282872/20210702113810921092a.jpg)
Já a entrega ao lar de idosos será realizada pelas equipes da escola que funciona dentro da unidade prisional, juntamente com servidores da penitenciária, na próxima sexta-feira (9/7). As últimas unidades de toucas e cachecóis foram confeccionadas no dia (26/6), para serem entregues à distribuição.
O Tecendo com o Coração surgiu após proposta do Estado de proporcionar uma atividade solidária aos alunos de todas as escolas estaduais mineiras. Com isso, a diretora Valdicéia Pavione, da Escola Estadual Paulo Freire, localizada dentro da penitenciária, teve a ideia da produção de toucas e cachecóis.
“O indivíduo que está dentro de um presídio ou penitenciária muitas vezes sofre discriminação, preconceito. Porém, nós queremos mostrar para a sociedade que ele também é capaz de pensar no próximo. São seres humanos que estão lá, que têm a capacidade de ajudar”, afirma Valdicéia.
Para Breno, o projeto traz uma sensação de pertencimento à sociedade: "É a oportunidade de mostrar que estamos transformando e estamos transformados”, afirma o detento.
A confecção teve início no dia 19 de junho deste ano na sala de aula. Posteriormente, as peças continuaram a ser produzidas pelos alunos dentro das celas. A adesão ao projeto foi totalmente voluntária, sem remição de pena.
O diretor de Atendimento e Ressocialização da penitenciária, Ury Ribeiro, destaca a importância da atitude no contexto da unidade. “É nítida a mudança que eles tiveram após o início da produção. Estão muito empenhados e com vontade de ajudar e fazer bem ao próximo, tanto é que produziram muito dentro das celas e não apenas na sala de aula. Eles se sentem felizes e prestigiados por poder contribuir com a sociedade. Nossa intenção é que os trabalhos permaneçam e sejam ampliados ainda mais”, afirma.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira