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Estado de Minas MANIFESTAÇÃO

Trabalhadores da Fhemig protestam em BH por valorização profissional

Os funcionários da rede se concentraram na porta do João XXIII nesta quarta-feira (30/6); de lá, partiram para o ato nacional pelo Piso Nacional da Enfermagem


30/06/2021 10:08 - atualizado 30/06/2021 10:36

Trabalhadores da Fhemig estão paralisados nesta quarta-feira (30/6) em protesto
Trabalhadores da Fhemig estão paralisados nesta quarta-feira (30/6) em protesto (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Em paralisação pela valorização da categoria e contra o fechamento de hospitais públicos da Fundação Hospitalar de Minas Gerais ( Fhemig ), enfermeiros, técnicos, funcionários do administrativo da rede realizaram um protesto na manhã desta quarta-feira (30/6) em frente ao Hospital João XXIII, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Mantendo a escala mínima para atendimento de pacientes, os funcionários das unidades de saúde de Minas Gerais iniciaram uma paralisação às 7h desta quarta (30/6), que perdurará por 12 horas. 

De acordo com o Sindicato do Profissional de Enfermagem, Auxiliar de Apoio da Saúde, Técnico Operacional da Saúde, Analista de Gestão e Assistência à Saúde (SINDEPROS), os trabalhadores da Fhemig são penalizados por estarem se dedicando ao trabalho durante a pandemia , uma vez que, ao contraírem a COVID-19 e serem afastados, eles têm a redução dos seus vencimentos salariais.

A entidade reivindica que uma gratificação , que é atualmente recebida pelos funcionários, seja incorporada ao salário . “Já estamos há dez anos sem nenhum tipo de reajuste. Nós recebemos a gratificação que faz um complemento salarial, só que ela é provisória. Toda vez que um funcionário se afasta por motivo de doença, a gratificação é cortada. Consideremos que isso seja uma punição para os funcionários, já que, se estamos trabalhando na linha frente e sujeitos a contaminação, inclusive do coronavírus, somos punidos quando pegamos alguma doença”, disse Carlos Martins, presidente do SINDPROS.

A paralisação também ocorre em protesto contra a desativação dos hospitais públicos da Rede Fhemig. Segundo o sindicalista Carlos Martins, caso concretizada, a medida será prejudicial tanto para os profissionais quanto para a população.

“Vamos ter menos serviços sendo prestados, leitos desativados e prestação de serviço sendo fechada, por exemplo, o Hospital Alberto Cavalcanti. Quando eles fecham um setor do ambulatório, a população deixa de receber este tipo de serviço”, relatou.

Ato nacional pelo piso salarial da enfermagem


Ato nacional pelo Piso Nacional da Enfermagem acontece na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul
Ato nacional pelo Piso Nacional da Enfermagem acontece na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Além da paralisação, os trabalhadores da Fhemig também participam nesta quarta-feira (30/6) do ato nacional ato nacional pela aprovação do PL 2564/2020 que cria o Piso Nacional da Enfermagem e a jornada de 30 horas para a categoria. 
 
Em Belo Horizonte, a manifestação se concentrou na Praça Liberdade, na Região Centro-Sul. 

Neste momento, o projeto de lei de relatoria da senadora Zenaide Maia (Pros-RN) está tramitando no Congresso Nacional. Caso aprovado, a medida fixa o piso em R$ 7.315 para enfermeiros.

Para os demais cargos, o piso será proporcional a esse valor, 70% para os técnicos de enfermagem (R$ 5.120) e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras (R$3.657). Os valores são para jornada de 30 horas semanais e válidos para União, estados, municípios, Distrito Federal e instituições de saúde privadas.

“Há muitas situações de exploração da nossa mão de obra. Algumas empresas contratam enfermeiros graduados para supervisionar o serviço pagando um salário mínimo. O piso salarial viria de uma forma de regulamentar e valorizar nossa categoria, para não nos deixar expostos a esse tipo de exploração”, disse o presidente do SINDPROS.


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