Jornal Estado de Minas

COVID-19

Secretário: Copa América em MG poderia dar falsa impressão de normalidade



O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, comentou, nesta segunda-feira (7/6), o veto do governador Romeu Zema (Novo) à realização dos jogos da Copa América no estado durante a pandemia da COVID-19.





No final de maio, após a desistência da Colômbia – por conflitos políticos – e da Argentina – pela situação da pandemia, o Brasil acabou sendo anunciado com a nova sede da competição

“Estamos em um momento muito crítico da pandemia, muitos óbitos acontecendo, acabamos de sair de um pico elevado. A região Sul de Minas, por exemplo, está no pior momento desde o início da pandemia, o maior número de casos, maior número de pacientes aguardando leito. E trazer um evento não planejado neste momento pode sinalizar à população que está tudo bem, e não está tudo bem”, explicou Baccheretti em entrevista à rádio Itatiaia. 

“Então o governador não achou prudente trazer esse evento agora, e eu como secretário (de Estado de Saúde) concordo com ele, porque é um momento de sinalizar à população que temos que apertar as medidas sanitárias. Estamos naquele momento que eu falo que é ‘da virada’. São três, quatro meses de aceleração de vacinação, redução de casos”, completou. 



Vacinação

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Na entrevista, o secretário de Saúde de Minas disse que, ainda neste mês, o estado deve receber mais de 4 milhões de doses de vacina contra a COVID-19,  o que pode ser a maior quantidade enviada ao estado desde o início do ano. 

“A expectativa até o final do ano, pelo menos com uma dose, é vacinar toda a população acima de 18 anos. Com duas doses, que é o que a gente considera imunizado, se esse ritmo continuar aumentando e as entregas que estão previstas serem confirmadas, a gente conseguiria sim chegar àquilo que chamamos de ‘imunidade de rebanho: cerca de 70% da população imunizada com duas doses”, disse Baccheretti. 


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).





  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.





Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.



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