Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

'Não é hora de aglomerar, visitas ou festas', diz secretário de Saúde de MG

O governador Romeu Zema e o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, fizeram um alerta à população mineira sobre a importância de evitar aglomerações durante o feriado de Corpus Christi, além de reforçar as medidas de prevenção contra a COVID-19.



“Vamos tomar todos os cuidados, pois é um momento de extrema cautela, em que devemos usar máscara, manter o distanciamento social e a higienização das mãos. Sem isso, não há sistema de saúde que sustente um atendimento adequado para a população”, afirmou o governador.

O secretário de Saúde classificou o momento como 'delicado'. “Somente hoje foram confirmados mais de 15 mil novos casos da doença no estado. É um número muito elevado, daqui a pouco esses 15 mil casos, parte deles, estarão batendo na porta dos hospitais. Destaco que estamos na véspera de um feriado longo, então temos que frisar que o momento é muito delicado", disse.

 

Ele lembrou que é preciso pensar no coletivo: "Temos que redobrar os cuidados, porque o vírus está circulando com muita velocidade. Todo mundo deve fazer sua parte. Temos um papel mais do que individual, é coletivo. É o momento de repassar a todos que não é hora de aglomerar, receber visitas ou frequentar festas”, acrescentou Fábio Baccheretti.





Zema e o secretário de saúde foram até a região Sul de Minas, onde inauguraram leitos para tratamento dos pacientes. A macrorregião Sul passa pelo pior momento da pandemia, com escalada na incidência e sobrecarga no sistema de saúde.

O estado também sofre com o aumento da doença. Minas confirmou 15.133 casos e 324 mortes por COVID-19 em 24 horas.

Elevação de casos


O número de diagnósticos positivos para a doença é o terceiro maior desde o início da pandemia – o recorde foi em 9 de abril, 16.479, seguido por 25 de março, com a confirmação de 14.062 infectados.

De acordo com o boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, nesta quarta-feira (2/6), 1.594.420 pessoas foram contaminadas com o novo coronavírus e, desse total, 40.880 morreram.

A média móvel de mortes, por data de notificação, é de 191. Em 20 de abril, a média móvel era 210. Em duas semanas, houve queda de 9%, o que mantém a curva de transmissão em estabilidade.





Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.





  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

Em casos graves, as vítimas apresentam

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.





 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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