Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Prefeita disse que índice de testagem da COVID em Uberaba estava errado

A Prefeitura de Uberaba divulgou neste último final de semana que a taxa de positividade de testagem para a COVID-19 na última semana epidemiológica (16 a 22 de maio) foi de 36,21% e, desta forma, a cidade continua com as atuais medidas restritivas.



Por outro lado, a prefeita Elisa Araújo (Solidariedade) disse, por meio das redes sociais, que os índices da doença em Uberaba não estão representando a realidade e que a saúde do município não conta com um sistema informatizado para que se possa apurar os dados da COVID-19 de forma rápida.
 
“Tem muita coisa sendo feita de forma manual. A gente está trabalhando muito para mudar isso, e nessas conferências, principalmente após o último decreto, que estabelece a taxa de positividade como um dos itens para ser considerado, nós descobrimos que os resultados dos exames negativos de diversos estabelecimentos comerciais não estavam sendo comunicados. E sem contabilizar muitos testes negativos, os índices não vão representar a realidade", disse.

Ela falou também sobre falta de estrutura. "Nós temos que falar, sim, sobre a falta de condições de trabalho que nós encontramos na gestão municipal. Muitos processos nós iniciamos do zero”, desabafou.



No dia 12, a Prefeitura de Uberaba publicou decreto de enfrentamento à COVID-19 com prazo de validade ou não até o próximo sábado (22/5), dependendo da taxa de positividade da doença.

Segundo o antigo decreto municipal, se esta taxa de positividade de testagem para o novo coronavírus se mantivesse, até neste dia, maior que 40%, seriam aplicadas na cidade as restrições da onda roxa do Minas Consciente.

Mas, como a taxa de positividade da testagem ficou entre 30% e 40%, segue autorizada, desde que seguidas as medidas sanitárias do distanciamento social, a entrada de clientes em lojas até as 18h e em bares, restaurantes e demais estabelecimentos de alimentação, até as 20h.



Além disso, as reuniões, missas ou cultos nos templos seguem permitidos até as 20h.
 
A Taxa de Positividade é o resultado do número de testes positivos dividido pelo número total de testes realizados (positivos e negativos) e multiplicado por 100, para se obter a proporcionalidade.

Secretário de Saúde fala sobre incoerência de informações

De acordo com o secretário de Saúde de Uberaba, Sétimo Bóscolo, a forma de apuração de dados para compor a Taxa de Positividade resultou no índice superestimado de 48% na semana de 9 a 15 de maio.
 
“Assim que iniciamos a conferência de dados da testagem, verificamos uma incoerência nas informações repassadas à Secretaria Municipal de Saúde: os dados da testagem negativa não estavam sendo informados na totalidade. A ausência dessas informações gerou um cenário onde a positividade ficou superestimada", disse.




 
Segundo Bóscolo, a distorção será corrigida. "Para corrigir essa distorção, estão sendo conferidas todas as informações recebidas por nós, da Secretaria de Saúde. Com esse ajuste nas informações, a taxa de positividade na semana de 16 a 22 de maio teve uma queda importante. Com isso, o município segue sem alteração das medidas em vigor no decreto 481", afirmou.
 

UTI/COVID no limite

Segundo o último boletim epidemiológico, divulgado na noite de domingo (23/5), dos 103 leitos de UTI para pacientes com COVID-19 disponíveis na cidade, 94 estão ocupados. Dos 60 existentes na rede pública, 55 estão com pacientes. Dos 43 da rede privada, há 39 pessoas em estado grave.
 
Já em relação às ocupações de leitos de enfermaria para pacientes com COVID-19, de 209 disponíveis, 155 estão ocupados; de 142 da rede pública, há 120 pacientes; e de 67 da rede privada, 35 estão ocupados.




 
Nas últimas 24 horas, foram contabilizados 129 novos casos da doença e cinco mortes.
 
Desde o início da pandemia, já foram registrados em Uberaba 28.083 casos positivos, sendo que 932 pessoas morreram e 24.005 se recuperaram.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.





  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.



Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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