Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Ocupação de UTIs e transmissão de COVID-19 voltam a crescer em BH

 
Pouco mais de uma semana após a reabertura de várias atividades, dois dos três indicativos da prefeitura de Belo Horizonte para medir a expansão do coronavírus tiveram mais um aumento. Se a demanda por internações em enfermarias apresentou queda, o índice de transmissão por infectado e a taxa de ocupação de UTIs subiram 0,1%, como mostrou o boletim divulgado nesta sexta-feira (14/5).




 
O fator rT, que determina o avanço da transmissão da doença, passou de 1,02 para 1,03, atingindo o nível de alerta amarelo, considerado intermediário. O número aponta que 100 pessoas atualmente são capazes de contaminar outras 103 na cidade. 
 
(foto: Arte/EM/D.A press)
 

O índice estava em 0,92 na semana passada, aparecendo na cor verde, o que é considerado o ideal pelos especialistas.

Já a ocupação das UTIs subiram de 79,1% para 79,2%. Os últimos dados divulgados pela PBH mostram que 831 pessoas estão internadas nas redes pública e privada. Atualmente, são 1.050 leitos disponíveis no município. 





Enquanto isso, as enfermarias ganharam fôlego extra com redução das internações. Atualmente, 1.140 pacientes utilizam vagas na capital. O sistema de saúde comporta 2.004 lugares, a maioria no Sistema Único de Saúde (SUS), com 1.165 leitos.

Com isso, a ocupação caiu de 58,9% para 56,9% nesta sexta-feira.
 

Casos e mortes 


Belo Horizonte também manteve a média de mortes diárias ao registrar 24 vidas perdidas nas últimas 24 horas. Em toda a capital, 4.673 pessoas já foram vítimas da COVID-19. Foram registrados 192.227 casos. Pelo menos 179.556 pessoas se recuperaram da doença. 

Das vítimas, 2.520 são homens e 2.153, mulheres. A maior parte (3.798) são da faixa etária acima de 60 anos. O município também registrou 745 óbitos de 40 a 59 anos, 125 de 20 a 39 anos, um de 15 a 19 anos, um de 10 a 14 anos e três de zero a quatro anos. 





Com relação à característica das mortes, a comorbidade mais letal foi cardiopatia (2.183), seguida por diabetes (1.584), pneumopatia (780), obesidade (742) e nefropatia (528). Segundo a PBH, duas gestantes também morreram por COVID-19.

Vacinação  

Segundo o boletim, 649.583 pessoas foram vacinadas com a primeira dose do imunizante contra o coronavírus. Outras 289.170 receberam a dose de reforço. A vacina mais aplicada é a chinesa CoronaVac, com 381.706 na primeira dose e 266.022 na segunda. 

Mais de 26 mil pessoas com comorbidades foram vacinas com a alemã Pfizer. Até agora, 162.744 doses foram destinadas à capital mineira. 

Ao todo, BH já recebeu 1.338.625 imunizantes do governo federal. Foram distribuídas 1.130.289 doses à população.




 

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.



Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.





  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.





Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas


 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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