A aplicação da segunda dose da vacina CoronaVac, contra a COVID-19, produzida pelo Instituto Butantan, foi suspensa em Divinópolis, Região Centro-Oeste de Minas Gerais. Na última remessa, o município recebeu apenas 70 doses, quantidade bem inferior ao número de pessoas ainda a serem imunizadas.
A suspensão inicial é dos agendamentos programados para esta quinta-feira (6/5), sexta-feira (7/5) e sábado (8/5); 4.554 pessoas aguardam a segunda dose do imunizante.
A vice-prefeita Janete Aparecida responsabilizou o governo federal. “Devemos lembrar que, a partir da 8ª remessa, o governo federal, através de Nota Técnica, determinou que os municípios utilizassem o total enviado como primeira dose”, afirmou. A reposição foi solicitada à Secretaria de Estado de Saúde (Ses)."
A vacinação só será retomada quando houver a distribuição de mais doses pelo Ministério da Saúde. Assim que o município receber, será divulgada uma lista no site da prefeitura, elaborada seguindo a ordem de cadastramento destas pessoas na primeira dose.
A aplicação da segunda dose da AstraZeneca/Fio Cruz está garantida até o momento e 2.528 pessoas estão agendadas para a imunização.
Nova remessa
Nesta sexta-feira (7/5), Divinópolis deverá receber uma nova remessa. Entretanto, serão apenas 300 doses da CoronaVac e elas deverão ser utilizadas para a segunda dose de profissionais das Forças de Segurança e Salvamento e de trabalhadores de saúde.
A cidade ainda receberá outras 7.030 da AstraZeneca. Elas deverão ser direcionadas para a primeira dose dos profissionais das Forças de Segurança e Salvamento, na população idosa de 60 a 64 anos, gestantes e puérperas, pessoas com comorbidade e pessoas com deficiência permanente ou severa.
Estado pede reposição
A SES disse que já foi informada por alguns municípios sobre a falta de vacinas da CoronaVac para aplicação da segunda dose nos grupos prioritários. Um formulário para preenchimento referente ao quantitativo de doses necessárias para completar o esquema vacinal foi encaminhado a eles.
Após levantamento dos dados, a secretaria irá enviar ofício ao Programa Nacional de Imunização (PNI), solicitando que o Ministério da Saúde recomponha os imunizantes relativos à segunda dose para os municípios afetados.
“A SES reforça que a cada remessa de imunizantes disponibiliza nota informativa para instruções sobre aplicação de doses, meta de vacinação, conservação da vacina, entre outras informações repassadas pelo Ministério da Saúde”, informou.
*Amanda Quintiliano especial para o EM
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Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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