Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Pedro Leopoldo: onda vermelha começa a valer neste sábado; veja o que pode

A fixação das novas regras sanitárias da onda vermelha em Pedro Leopoldo, Região Metropolitana de Belo Horizonte, aconteceu após a reunião do Comitê Gestor de Enfrentamento à COVID- 19, nessa sexta-feira (16/04). Por meio de decreto, a prefeitura vai adotar medidas exclusivas de acordo com a realidade da cidade para o funcionamento dos serviços não essenciais que entram em vigor neste sábado (17/04), e tem vigência até o dia 30 de abril.





 

De acordo com  a publicação nas redes sociais da prefeitura, embora o município tenha ampliado os leitos de enfermaria no hospital municipal Francisco Gonçalves e nas últimas semanas tenha tido uma redução no índice de transmissão, a falta de medicamentos no mercado e o fato de o número de mortes na cidade por COVID-19 ter aumentado ainda requer a continuidade de medidas restritivas.

 

Desde o início da pandemia, de acordo com boletim epidemiológico dessa sexta-feira, 86 pessoas na cidade morreram da doença, sendo que 21 delas foram em abril.  Estão passando por monitoramento devido à confirmação do teste 206 pessoas e 3.744 moradores já tiveram COVID-19.

 

Ainda segundo a publicação das redes sociais, as medidas previstas no novo decreto poderão ser reavaliadas e revogadas a qualquer momento, de acordo com a situação epidemiológica na cidade.





 

(foto: Soraia Piva/EM/D.A press)
 

 

Veja o que mudou

Em relação aos comércios, não poderá haver consumo de bebidas alcoólicas em nenhum estabelecimento, incluindo bares, restaurantes e padarias e esses locais poderão funcionar das 05h até as 22h.

 

Continua proibida a realização de qualquer tipo de evento na cidade seja público ou privado e as feiras continuam sem poder funcionar.

 

(foto: Soraia Piva/EM/D.A press)
 

 

Templos religiosos, escolinhas esportivas e academias de ginástica podem funcionar com até 30% da capacidade.

 

Para diminuir a aglomeração dentro do transporte público, sobretudo em horário de pico, o comércio não essencial vai funcionar de segunda-feira a sábado com escalonamento de horário de funcionamento. Comércios de artesanato, artigos esportivos, jogos eletrônicos, floriculturas, bancas de jornais, papelarias e lojas de móveis ficarão abertas das 8h até 16h.





 

A concessionária de transporte público da cidade, Expresso Unir, deverá manter todas as linhas disponíveis e será proibida a circulação de ônibus com lotação superior ao número de assentos.

 

Lojas de roupas, joias, bijuterias, perfumarias e cosméticos, o funcionamento será de 10h às 18h.    

 

Os comércios que funcionarão com serviço de delivery, como bares, restaurantes e lanchonetes, não terão restrição de horário de funcionamento.

E quem descumprir

Os pedestres e estabelecimentos que descumprirem as regras do decreto estarão sujeitos à aplicação de multas. Além disso, o infrator será responsabilizado civil, administrativa e penalmente por crimes contra a saúde pública.





 

A fiscalização ficará a cargo da Guarda Municipal, fiscais sanitários, fiscais de Postura, agentes de trânsito, agentes de endemias, Defesa Civil, Polícia Militar e Polícia Civil.  

 

De acordo com a vice-prefeita, Ana Paula Pereira, o indicativo de número de leitos é dado importante a ser levado em conta e a prefeitura está fazendo de tudo para ampliar o número de leitos. Hoje, são 50 leitos de enfermaria na cidade e quase todos ocupados, mesmo com a dificuldade de contratação de servidores.

 

“Diante das dificuldades, não podemos relaxar, manteremos algumas restrições e sabemos que não vamos agradar a todos, mas temos que buscar o equilíbrio entre a questão sanitária e econômica por isso, peço às pessoas para exercer a empatia e pensar no próximo para que tudo acabe logo”.

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.





Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.





  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.



Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

Em casos graves, as vítimas apresentam

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.





 

 

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Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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