Jornal Estado de Minas

VACINAÇÃO

Número restrito de doses de vacina preocupa quilombolas em Minas


O ritmo lento da vacinação de quilombolas em Minas e erro na estimativa dessa fatia da população para imunização contra a COVID-19 preocupam setores ligados às comunidades distribuídas pelo interior. Em Januária, na Região Norte do estado, apenas 12% dos quilombolas foram vacinados, diz o diretor da Coordenadoria de Política de Promoção da Igualdade Racial, Marconi Conol. Segundo Conol, o município tem 33 comunidades certificadas pela Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cidadania, e 12 em processo de certificação. "No total, são 25 mil pessoas, mas foram aplicadas apenas 3,7 mil doses do imunizante".






Em documento distribuído à imprensa, a coordenadoria informa que "as comunidades  espalhadas por toda Minas Gerais se encontram apavoradas com a maneira que o estado vem tratando a prioridade desses povos".

O documento diz: "Segundo a nota informativa 09 do governo estadual, há em Minas apenas 
82 mil quilombolas. Porém esses dados são do censo do IBGE de 2010. De lá para cá, foram certificadas inúmeras comunidades quilombolas pela Fundação Palmares."

 O documento cita Januária e "várias outras cidades na mesma situação, que reclamam a mesma situação à Secretaria de Estado da Saúde, que até o momento não deu um sinal ". 




Resposta

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) esclarece que "a estimativa da população quilombola em Minas Gerais foi realizada pela sua Coordenação Estadual de Equidades em conjunto com os movimentos sociais a partir das orientações estabelecidas pelo Ministério da Saúde no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19. 

A nota diz ainda que  estimativa identificou o quantitativo de 67.574 pessoas que habitam em comunidades tradicionais quilombolas em Minas Gerais.
 

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.

Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).





  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.





Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.



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