Jornal Estado de Minas

COVID-19

Triângulo Sul pode avançar para onda vermelha na próxima segunda (12/4)

A macrorregião Triângulo do Sul pode avançar para a onda vermelha do plano Minas Consciente. Segundo a Agência Minas, a decisão será publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira (8/4), mas a área será monitorada pela Secretaria de Estado de Saúde até a próxima sexta-feira (9/4) para garantir que não haja piora nos indicadores da Covid-19. 





 
 
 
A decisão foi tomada nesta quarta-feira (7/4) pelo Comitê Extraordinário COVID-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar a situação da pandemia no estado.
 
Ainda conforme a Agência Minas, somente será permitido o avanço do Triângulo Sul para a onda vermelha, a partir de segunda-feira (12/4), caso o cenário positivo se mantenha favorável. 
Nesta fase, é permitido o funcionamento de todas as atividades, desde que cumpram algumas regras, como distanciamento e limitação máxima de pessoas.
 
Para definir o avanço de uma macrorregião para um nível mais flexível do Minas Consciente ou a adoção de medidas mais restritivas, o Comitê Extraordinário COVID-19 se baseia em um sistema de pontuação da localidade, elaborado com base nos dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), segundo a informações da Agência Minas.



Considerando indicadores como taxa de incidência, positividade, ocupação de leitos e grau de risco, a macrorregião atinge uma pontuação de 0 a 32, sendo até 12 pontos, onda verde; entre 13 e 19 pontos, onda amarela; 20 pontos ou mais, onda vermelha; e avaliação excepcional, onda roxa (criada para restabelecer a capacidade assistencial).

Atualmente, todas as macrorregiões mineiras registram mais de 20 pontos e, por isso, ainda é necessária a manutenção da onda roxa na maior parte do estado. A possibilidade de avanço para a onda vermelha depende de uma avaliação constante e criteriosa desses indicadores, para garantir que a flexibilização não coloque em risco a saúde da população.
 

Em Uberaba, índices pioraram consideravelmente na onda roxa

Com relação a Uberaba, a maior cidade do Triângulo Sul, a onda roxa, que se iniciou em 7 de março, trouxe aumentos consideráveis nos números de novos casos, mortes e internações, principalmente em leitos de UTI. 




 
No dia 7 de março, em Uberaba, eram 16.060 novos casos, sendo 373 mortes e 14.547 casos recuperados. O mais preocupante era a taxa de ocupação de leitos particulares UTI/COVID, com 100%, sendo que no total haviam 62 pacientes em estado grave internados em todos os hospitais da cidade.

Já o número total de pacientes internados na ala de enfermaria/COVID do município somava 132. 
 
Boletim epidemiológico de Uberaba do dia 7 de março (foto: Prefeitura de Uberaba/Divulgação)

Boletim epidemiológico de Uberaba do dia 7 de abril (foto: Prefeitura de Uberaba/Divulgação)
 
 
Um mês depois, Uberaba deu um grande salto no número de novos casos, totalizando 20.272, ou seja, quase 6 mil casos positivos em um mês, representando cerca de 25% de todos os casos positivos da cidade, desde o início da pandemia.
 
Outro grande crescimento que chama a atenção é com relação ao número de mortes: foram mais de 200 óbitos em Uberaba neste período da onda roxa na cidade.
 
Além disso, em um mês, quase dobrou o número de pessoas internadas nas UTIs/COVID da cidade. De 103 leitos disponíveis neste setor, 93 estão ocupados, sendo que, neste momento, a rede pública é mais preocupante, com quase lotação máxima.



Já o número de internados nos leitos de enfermaria/COVID da cidade teve um menor crescimento. Atualmente, de 205 leitos disponíveis, 157 estão ocupados.
 

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.



Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.





  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.





Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 

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