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Estado de Minas LESTE DE MINAS

COVID-19: "Chegamos ao nosso limite", diz prefeito de Governador Valadares

André Merlo disse que em Valadares não há mais leitos clínicos nem UTI para tratar os pacientes da COVID-19. Ele pediu socorro ao governo de Minas


31/03/2021 20:25 - atualizado 31/03/2021 21:28

O prefeito de Governador Valadares, André Merlo, ao lado do vice-prefeito, David Barroso, e da secretária municipal de Saúde, Caroline Sangali, durante coletiva(foto: Leonardo Morais/PMGV)
O prefeito de Governador Valadares, André Merlo, ao lado do vice-prefeito, David Barroso, e da secretária municipal de Saúde, Caroline Sangali, durante coletiva (foto: Leonardo Morais/PMGV)
Governador Valadares vive o pior momento da pandemia do novo coronavírus. A afirmação é do prefeito dcidade, André Merlo (PSDB), durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (31), após uma reunião com prefeitos e secretários de saúde da Macrorregião de Saúde Leste, deputados estaduais e federais eleitos na região Leste de Minas, vereadores, representantes de hospitais da cidade e Ministério Público.
Nesta quarta-feira, Valadares voltou a registrar um número elevado de mortes por COVID-19. Foram 12 mortes e 241 novos casos da doença. A fila de espera por leitos UTI COVID-19 SUS tem 40 pacientes.
 
"Chegamos ao nosso limite, infelizmente não temos leitos de UTI nem leitos clínicos para tratar os pacientes da COVID-19. Mas continuamos empenhados na busca de soluções. Estamos alinhando com as cidades que são pactuadas com Valadares para que atendam esses pacientes com quadros leves e não os mande para Valadares", disse o prefeito André Merlo. 
 
Ele disse que enviou um documento ao governo do estado pedindo socorro. "Precisamos de suporte e apoio do governo de Minas, com insumos, recursos financeiros e mão de obra", disse o prefeito.

O Promotor Público de Saúde, Randal Bianchini, fez um apelo à população para que coopere com os gestores e profissionais da saúde neste momento tão delicado.

"Vivemos o pior momento da pandemia na cidade e no país. Corremos o risco de não poder assistir às pessoas da maneira correta, por conta do alto consumo de insumos e medicamentos, além do esgotamento dos profissionais da linha de frente", disse Bianchini.
 

Ações emergenciais

Com a situação caótica nos atendimentos de saúde, a secretária municipal de Saúde, Caroline Sangali, disse que sua equipe está empenhada em encontrar soluções para a possível escassez de medicamentos e insumos no mercado. E busca alternativas emergenciais para a abertura de novos leitos clínicos e de UTI na cidade. 
 
"Hoje, nesta data (31/3), não há falta de medicamentos e insumos no Hospital Municipal, no entanto, diante do grande consumo e procura, não só de Valadares, os fornecedores não estão tendo logística para nos entregar/fornecer. Por isso há a preocupação, pois temos muitas pessoas nas UTIs da rede pública, dependendo disso para viver", afirmou.
 
Para criar novos leitos clínicos na rede pública, o prefeito André Merlo disse que a prefeitura está fazendo os trâmites da requisição administrativa para a transferência temporária da maternidade do Hospital Municipal (HM) para as dependências do Hospital São Vicente de Paulo. 
 
"Com esta ação levaríamos a maternidade do Hospital Municipal e todo o corpo clínico dela para o Hospital São Vicente. Assim, abriríamos mais 50 leitos clínicos para a COVID-19 no HM. No entanto, esbarramos também na dificuldade de conseguir profissionais para assumir estes novos postos de trabalho", afirmou Merlo.
 

Apelo à população

Todo o esforço que a Prefeitura de Governador Valadares e os gestores de saúde estão fazendo pode ser em vão, caso a população não entenda o momento de crise e contribua com as ações de contenção da COVID-19.

Caroline Sangali pediu a adesão de todos às orientações de segurança sanitária. Ela disse que há registos de uma mudança no perfil dos internados. “Temos internações e óbitos de pessoas mais jovens, por isso, mais uma vez, peço que evitem aglomerações, principalmente no feriado que se aproxima”.


 
A secretária disse que 40 pessoas internadas na Policlínica Central e outras 40 precisam de suporte de UTI para COVID-19. Essa é a fila de espera por transferência via SUSFácil para um leito disponível. “O nosso momento é extremamente delicado e precisamos ser solidários, unir forças para resolver esta situação o quanto antes e, mais ainda, salvar vidas", pediu Caroline Sangali.
 


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