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Estado de Minas BALANÇO

Minas lidera em número de mortes e de acidentes nas rodovias federais

Brasil registrou 14 mortes nas rodovias federais a cada dia em 2020; mais uma vez, a BR-381 é a rodovia que mais mata


01/02/2021 15:15 - atualizado 01/02/2021 18:39

Na foto, colisão entre carretas que matou uma pessoa na BR-381, em Ravena, em 21 de novembro do ano passado(foto: CBMMG/Divulgação)
Na foto, colisão entre carretas que matou uma pessoa na BR-381, em Ravena, em 21 de novembro do ano passado (foto: CBMMG/Divulgação)
Minas Gerais registrou 8.363 acidentes em 2020 nas rodovias federais que cortam o estado, sendo 7.103 com vítimas, sendo que, desse total, 717 morreram. Ocorreram, em média, 88 acidentes com vítimas a cada 100km de rodovia no ano passado. Além disso, a cada 100 acidentes, 10 pessoas morreram.

  

Os números avassaladores foram divulgados na tarde desta segunda-feira (01/02) em levantamento feito pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

"O índice de acidentes nas rodovias cai, mas o número de vítimas fatais se mantém. Mas, Minas - que  tem a maior malha ferroviária federal do Brasil - foi um dos poucos estados com elevação no número de mortes. Em termos de letalidade, supera a média nacional", disse Bruno Batista, diretor-executivo da CNT. 

A rodovia com o maior número de acidentes em 2020 foi a BR-381, onde ocorreram 2.145 acidentes com vítimas.

"É a rodovia que continua liderando o número de mortos, principalmente, sentido no sentido Norte do estado. Trata-se de um trecho que já deveria ter sido duplicado mas não ocorreu. Enquanto as intervenções não forem feitas, a população arca com os prejuízos", afirmou o diretor executivo. 

Em seguida, estão a BR-040 (1.424), a BR-116 (958), a BR- 262 (809), a BR-365 (525), a BR-050 (429), a BR-251 (210), a BR-153 (170), a BR-267 (130) e a BR-259 (84).

Em relação ao número de mortes, a BR-381 - mais uma vez - é a rodovia que mais mata. Foram 178 vidas perdidas nessa rodovia n ano passado.

Logo atrás, estão: a BR-116, com 115 mortes, e a BR-040, com 107. Mas o ano também foi violento nas outras estradas. Na BR-356, foram 91 mortos e na BR-262, 84.

Perfil das vítimas 

O levantamento aponta que a maioria das vítimas tinha acima de 45 anos (36,3%). Outros 22,7%% tinham entre 36 e 45 anos e 20,9% entre 26 a 35 anos.

Do total de mortos, 83,2% eram do sexo masculino. 

Tipos de acidente 

O tipo mais frequente de acidentes com vítimas foi a colisão. Foram 3.702 ocorrências (52,1% do total) em 2020. Em seguida, estão: batidas provocas por atropelamento (14,9%) e por saída de pista (10,7%) e capotamento/tombamento (10,0%).

Bruno chama atenção para o número de atropelamentos. "É o maior entre os estados o número de acidentes e de mortes por atropelamento. Isso mostra, por exemplo, uma falta de sinalização. Muitas vezes, por falta de recurso, o estado acaba por priorizar outras interveções", afirma o diretor-executivo.  

O automóvel foi o tipo de veículo mais envolvido em acidentes com vítimas em 2020 (44,8% do total), seguido das motos (25,4%) e dos caminhões (24,1%). As voltas dos fins de semana foram as datas em que ocorreram o maior número de batidas.

A maioria dos acidentes ocorreu aos domingos 24,4%. As quintas (15,1%) e sextas-feiras (15,6%) também foram bem violentas nas estradas que cortam Minas.

Prejuízos

De acordo com o levantamento, o custo anual estimado dos acidentes ocorridos em rodovias federais em Minas Gerais chegou a R$ 1,36 bilhão em 2020. Custo estimado dos acidentes com mortes foi R$ 511.129.275,54; acidentes com vítimas,  R$ 806.083.753,15, e acidentes sem vítimas, de R$ 39.801.147,74.

"Minas é o estado que lidera com os gastos no Brasil devido aos acidentes. Isso porque, além da perda familiar - custo esse imensurável - temos as perdas materiais. Além do mais, os acidentes sobrecarregam os leitos e, consequentemente, o sistema de saúde do estado", afirma o diretor-executivo. 
 

No Brasil 

Nas rodovias federais brasileiras em 2020, foram 63.447 acidentes –  queda de 5,9% em relação a 2019 (67.427). O número de mortes no ano passado, por sua vez, foi de 5.287, uma redução de 0,8% na comparação com 2019 (5.332), indicando que, embora tenha havido menos acidentes, eles foram mais letais.

 


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