![O crime está sendo investigado pela delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Adeliana Xavier, de Governador Valadares(foto: Tim Filho/ESP. para o EM) O crime está sendo investigado pela delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Adeliana Xavier, de Governador Valadares(foto: Tim Filho/ESP. para o EM)](https://i.em.com.br/4kxileDC_c7vYLN1oU5vSiwPjmg=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/01/20/1230801/20210120202405854665i.jpg)
A mãe da menina manifestou o interesse de interromper a gravidez da filha na manhã desta quarta, depois de conversar com a delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) Adeliana Xavier.
A delegada disse que aceitou as argumentações da mãe, garantidas no Artigo 128 do Código Penal, que legaliza o procedimento “se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal”.
Minas Gerais tem quase cinco estupros por dia de meninas de até 14 anos
Com a orientação da delegada e o embasamento legal, a mãe levou a menina ao hospital, para que a gravidez seja interrompida.
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Com a orientação da delegada e o embasamento legal, a mãe levou a menina ao hospital, para que a gravidez seja interrompida.
Série de agressões
A gravidez da criança foi descoberta pela mãe, que mora no Bairro Carapina, em Governador Valadares, quando ela percebeu que havia algo errado com a filha, que não havia menstruado no início deste mês.
Ao conversar com a menina, ouviu a triste história, de que ela havia sido estuprada pelo companheiro da mãe e já estava no terceiro mês de gravidez.
Ao conversar com a menina, ouviu a triste história, de que ela havia sido estuprada pelo companheiro da mãe e já estava no terceiro mês de gravidez.
A mãe, que também está grávida do homem, o chamou e exigiu dele as explicações. A reação foi violenta: ele agrediu fisicamente a mulher, que, revoltada, procurou a Deam para fazer a denúncia.
A delegada Adeliana Xavier, que não pôde fazer a prisão em flagrante do homem, por estupro de vulnerável, por causa do lapso temporal, tentou prendê-lo por ter praticado a agressão contra a companheira, mas os policiais não conseguiram localizá-lo e ele está foragido.
Apesar de ser uma delegada de polícia experiente e conviver com várias situações de violência contra a mulher em sua delegacia, Adeliana Xavier disse ter se sentido "dilacerada" com a história da menina grávida.
“Eu, como delegada de polícia, vou me virar do avesso para tirar este sujeito de circulação, para que isso não aconteça novamente”, disse, lembrando que é mãe de uma menina de 7 anos e sofre só de imaginar se uma situação semelhante acontecesse com ela e que consegue imaginar o sofrimento da mãe que vive história tão cruel com uma filha.