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Estado de Minas COVID-19

'Classes A e B chutaram o pau da barraca'; PBH vai monitorar festas e eventos clandestinos pelas redes sociais

Objetivo será coibir avanço do coronavírus. Município poderá punir estabelecimentos que descumprirem regra


25/11/2020 12:56 - atualizado 25/11/2020 17:23

Jackson Machado, secretário de Saúde(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Jackson Machado, secretário de Saúde (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
 
Depois de flexibilizar ao máximo o comércio, a Prefeitura de Belo Horizonte será mais rígida para coibir as festas de bairros e eventos com aglomeração na capital. A iniciativa surge depois do aumento repentino de casos e mortes por coronavírus na capital mineira nos últimos dias. 
 

O secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, afirmou que as aglomerações na capital têm sido feitas em sua maioria pelas classes mais favorecidas. “Chutaram o pau da barraca e estão indo a festas. Classes A e B são mais acometidas. Estão acontecendo festas clandestinas. Não há dúvidas de que essas aglomerações aumentam os casos. É pouco justo essas pessoas que estão se divertindo."

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Ele chama a atenção dosL estabelecimentos comerciais que não cumprem o protocolo estabelecido pela PBH:  “A maioria dos bares está atendendo os protocolos. Mas outros que estão burlando. Agora não vai ser educativa, será punitiva sim. Vão fechar estabelecimentos. Festas que vemos chamando 1000 pessoas na internet não vão acontecer mais”.

Na entrevista coletiva desta quarta-feira (25), o prefeito Alexandre Kalil adotou tom mais duro para chamar a atenção da população em relação ao aumento da doença: “A população respondeu na urna o que ela pensa de fechar a cidade. Estou recebendo pressão muito forte para fechar a cidade. A situação é muito grave. Uma pena que eu tenha que voltar aqui. Se não tomarem conta, nós vamos fechar”.

Estatísticas da COVID-19 em BH


De acordo com o mais recente boletim divulgado pela PBH, publicado nessa terça (24), a cidade soma são 53.115 pessoas infectadas pela COVID-19 e 1.622 óbitos em virtude da doença. O documento contabilizou 245 novos casos e oito mortes em relação ao levantamento anterior, datado de segunda (23).

A ocupação de leitos de terapia intensiva está em 40,4%, enquanto 38,1% das vagas de enfermaria têm pacientes. No começo da semana passada, os índices estavam em 31,8% e 29,8%, respectivamente. Os dois parâmetros permanecem na fase controlada, abaixo dos 50%, mas a alta progressiva requer atenção da população para que sejam redobrados os cuidados com a pandemia.

Ainda conforme o boletim dessa terça, a incidência de COVID-19 acumulada nos últimos 14 dias, por 100 mil habitantes, aumentou de 89,9 para 90,9. O índice é o maior já registrado em novembro e está muito distante dos 20 casos que delimitam a faixa de baixo risco, de acordo com órgãos de saúde. É o limite que a prefeitura utiliza para, por exemplo, retomar as aulas presenciais.

Em contrapartida, a taxa de transmissão, também conhecida por Rt. Isso porque o índice caiu de 1,09 para 1,08. Na semana passada, o número chegou a 1,13, o maior já registrado desde o começo de julho. Atualmente, cada 100 pessoas infectadas são capazes de passar a doença para outras 108. A taxa de transmissão volta para a fase 'verde', ou seja, de controle, abaixo de 1.
 


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