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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Queimadas aumentam em 16% captura de animais silvestres em BH

Levantamento do Corpo de Bombeiros revela que no ano passado quase 5 mil animais foram resgatados; só serpentes foram 2,5 mil


13/11/2020 12:02 - atualizado 13/11/2020 12:12

Entre 2019 e 2020, o Corpo de Bombeiros devolveu à natureza 11.285 animais silvestres que se arriscaram nos perímetros urbanos(foto: CBMMG/Divulgação)
Entre 2019 e 2020, o Corpo de Bombeiros devolveu à natureza 11.285 animais silvestres que se arriscaram nos perímetros urbanos (foto: CBMMG/Divulgação)
Levantamento do Centro Integrado de Defesa Social do Corpo de Bombeiros do Estado de Minas Gerais (Cinds), durante o ano de 2019, revela que os agentes realizaram a captura de 4.952 animais silvestres de mais de 20 espécies diferentes em todo o estado. Somente serpentes foram capturadas e devolvidas à natureza mais de 2.500.

A pesquisa do Cinds também mostra que houve uma variação de 28% na captura de espécies silvestres na comparação de janeiro a outubro de 2019 e o mesmo período de 2020 em Minas. Na região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o aumento representou 4%, mas na capital mineira o acréscimo nas capturas de animais em área urbana chega a 16%.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o desmatamento, as queimadas e as várias agressões ao meio ambiente provocadas pelo ser humano têm contribuído com a migração de animais silvestres para o perímetro urbano. A Corporação realiza diariamente a captura de espécies que habitualmente vivem em matas e florestas, mas que agora estão cada vez mais presentes nas cidades.

Entre 2019 e 2020, o Corpo de Bombeiros devolveu à natureza 11.285 animais silvestres que se arriscaram nos perímetros urbanos, fugindo de queimadas e outras degradações ou simplesmente em busca de maior oferta de alimentos.

O ingresso dos animais nas casas muitas vezes pode causar pânico e comportamentos que podem comprometer a integridade das pessoas ou dos bichos, por isso é sempre aconselhável manter uma distância segura e acionar o Corpo de Bombeiros pelo 193.

O sargento Bruno Bicalho, da 3ª Seção do Estado Maior (EMBM3), especialista no assunto, destaca que a atividade de captura de animais silvestres por parte do Corpo de Bombeiros representa uma grande parcela do atendimento de ocorrências da corporação. "Isso está relacionado com a crescente urbanização. O fato de os seres humanos avançarem em direção às áreas rurais em ambientes silvestres faz com que os animais busquem novos abrigos e, nessa busca, aumenta-se o convívio dos seres humanos com os animais” explica o biólogo.

Ele também esclarece que durante esse convívio podem ocorrer duas situações em que os animais vão se encontrar passíveis de atendimento por parte do Corpo de Bombeiros: “é quando o animal está em uma situação de risco ou perigo ameaçando sua saúde e integridade física e há também a situação em que o animal oferece risco de ataque à população. Ao se deparar com essa situação, o cidadão deve entrar em contato com o 193 e aguardar a chegada de uma guarnição especializada neste tipo de ocorrência. Enquanto aguarda, o cidadão também deve adotar cuidados, pois os animas podem oferecer riscos, já que possuem garras, dentes, ferrões que podem ameaçar a integridade das pessoas.  É importante também que o cidadão monitore o local em que o animal se encontra e repasse o maior número de informações para o Corpo de Bombeiros, a fim de facilitar a captura’, completou.

Sargento Bicalho pontua que, ao chegar no local, a guarnição irá realizar a captura desses animais e fazer a destinação correta. Os animais sadios são levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e, posteriormente, devolvidos à natureza. Já os animais silvestres lesionados ou doentes serão encaminhados para clínicas veterinárias parceiras.


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