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Estado de Minas ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Operação Malebolge: 5ª fase prende uma pessoa e cumpre mandado em casa de servidora pública

O homem preso é suspeito de coordenar fraudes em licitações referentes a contratos de prestação de serviços do transporte escolar rural


23/10/2020 10:03 - atualizado 23/10/2020 13:29

Equipe da PCMG de Araxá cumpriu um mandado de prisão e 39 mandados de busca e apreensão(foto: PCMG/Divulgação)
Equipe da PCMG de Araxá cumpriu um mandado de prisão e 39 mandados de busca e apreensão (foto: PCMG/Divulgação)
 
A Operação ‘Malebolge’ da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), que investiga suposto esquema criminoso entre empresas e pessoas ligadas à Prefeitura Municipal de Araxá (PMA), começou sua 5ª fase no início da manhã desta sexta-feira (23), cumprindo um mandado de prisão, 40 mandados de busca em residência, 39 mandados em veículos, sendo que, até o momento, 30 celulares foram apreendidos. A Operação está em andamento.
 
O homem preso é suspeito de coordenar fraudes em licitações referentes a contratos de prestação de serviços do transporte escolar rural. Segundo o delegado responsável pela operação Renato Alcino Vieira, a prisão aconteceu na casa dele por volta das 6h, sendo que o mesmo não esboçou resistência. “Não é servidor público. Era um dos favorecidos com a fraude e mantinha contrato com a PMA”, contou.
 
 
Ainda conforme o delegado, um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na residência de uma funcionária pública do setor de transportes da Secretaria Municipal de Educação. Além na casa dela, equipe da PCMG de Araxá realizou outros 38 mandados de busca e apreensão em residências, sendo em algumas casas de empresários que tem contratos com o transporte escolar rural de Araxá e, a maior parte dos mandados, em casas de pessoas ligadas com a suposta fraude.
 
Mais informações da 5ª fase da Operação serão divulgadas ao meio dia desta sexta-feira (23), quando o delegado Renato Alcino concede coletiva à imprensa em sala do 2º pavimento do Shopping Boulevard Garden.  

Suposto desvio irregular de mais de R$ 5 mi 

A Operação “Malebolge’ foi iniciada em agosto deste ano para apurar um suposto esquema criminoso de desvios de recursos públicos entre empresas e pessoas ligadas à Prefeitura de Araxá. Segundo a PCMG, as investigações concluíram que foram desviados mais de R$ 5 milhões do município, desde o ano de 2015. O inquérito contém 16 mil páginas com diversas provas levantadas ao longo da operação. 
 
Segundo o inquérito, já foram indiciados a ex-secretária de governo do município e o marido dela, ex-assessor municipal que atuava na tesouraria. Além deles, um casal sócio de uma empresa de transportes que atuava na cidade, o filho deles, empresários, entre outras pessoas ligadas ao esquema. Alguns deles chegaram a ficar presos no Presídio de Sacramento, mas, agora, respondem em liberdade pelos crimes de peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
 
O delegado Renato Alcino Vieira definiu os suspeitos como uma associação inescrupulosa que atuava na administração pública. “Trata-se de investigação que descortinou a existência de uma associação inescrupulosa, cujos membros desviaram recursos públicos e se enriqueceram, valendo-se de estratégia de infiltração na sociedade civil e instituições públicas", declarou.
 
 “Existem provas que revelam que a chefe da quadrilha estava utilizando a estrutura da Prefeitura, além de servidores que aderiram ao projeto, para angariar apoio político e conseguir votos para o próximo pleito eleitoral”, finalizou o delegado Renato Alcino


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