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Estado de Minas

Policiais civis e servidores do Detran são investigados por corrupção em Minas

Ministério Público apura suposta organização criminosa envolvida em diversos crimes contra o poder público em Varginha e Elói Mendes


05/12/2019 14:27 - atualizado 05/12/2019 16:10

Investigações colheram imagens de despachantes tirando decalques de chassis e fazendo lacração em via pública, fora do Detran(foto: Gaeco/Divulgação)
Investigações colheram imagens de despachantes tirando decalques de chassis e fazendo lacração em via pública, fora do Detran (foto: Gaeco/Divulgação)

O Ministério Público de Minas Gerais deflagrou nesta quinta-feira a Operação Êxodo 23 contra diversos crimes de corrupção. De acordo com o MP, o objetivo da ação era desmantelar organização criminosa que agia nas cidades de Elói Mendes e Varginha, no Sul de Minas, composta por policiais civis, servidores do Detran, receptadores e despachantes de veículos.

Os suspeitos estariam envolvidos em crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, usurpação de função pública, inserção de dados falsos em sistema de informação, receptação qualificada e associação criminosa.

As investigações duraram aproximadamente dois anos e foram coordenadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Minas Gerais.

Foram expedidos 16 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão. Dentre os mandados, quatro de prisão e quatro de busca e apreensão contra policiais civis, sendo um deles, delegado.

Ainda segundo o MP, a operação é resultado de uma série de denúncias que surgiram de uma operação anterior. Segundo as investigações iniciais, foram encontrados o pagamento de propina a policiais civis e servidores do Detran para:
  1. favorecimentos em investigações envolvendo desmanches de veículos;
  2. retirada das anotações de sinistro dos documentos de veículos montados com peças produto de crime;
  3. que fossem atestadas falsamente vistorias não realizadas de fato pelos vistoriadores;
  4. agilização na expedição de documentos veiculares e;
  5. autorização para que emplacamentos e lacrações ocorressem fora do órgão de trânsito.
De acordo com o promotor de justiça Igor Serrano, outras medidas além das prisões foram tomadas. "Foram fixadas medidas cautelares de proibição de exercício profissional e afastamento das funções públicas dos suspeitos", explicou.
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 


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