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Estado de Minas ACIDENTE

Morre metalúrgico atingido em explosão de alto-forno em Sete Lagoas

Edilson da Silva teve 90% do corpo queimado depois de ser atingido por minério de ferro; presidente de sindicato disse que outras cinco mortes foram registradas na cidade em 18 meses


22/10/2020 12:10 - atualizado 22/10/2020 12:49

Acidente aconteceu na noite da última terça-feira e atingiu dois funcionários da Fergusete
Acidente aconteceu na noite da última terça-feira e atingiu dois funcionários da Fergusete (foto: Reprodução da internet/Google Maps)
O metalúrgico Edilson da Silva, de 47 anos, teve sua morte declarada na madrugada desta quinta-feira (22), depois de ter 90% do seu corpo queimado em uma explosão na empresa Fergusete, em Sete Lagoas, cidade localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A informação foi confirmada nesta manhã pelo presidente do sindicato local da categoria, Ernane Geraldo Dias. O incidente aconteceu na noite da última terça-feira, depois que uma chapa que sustentava a parede do alto-forno ter se rompido. Com isso, carvão e minério, em altas temperaturas, transbordaram e atingiram dois funcionários.

O alto-forno é o local onde todo minério de ferro é derretido para a produção do ferro-gusa, matéria prima do aço.

Fabiano Alves dos Santos Pereira, de 36 anos, sofreu queimaduras no antebraço. Recebeu atendimento de agentes do Samu ainda no local e foi liberado em seguida. Já Edilson foi transferido de helicóptero para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, e estava consciente depois do acidente. Mas, devido à extensão das lesões, acabou morrendo.

Ernane Dias informou que cinco metalúrgicos morreram na cidade nos últimos 18 meses e que, em outro acidente grave, um operário teve a perna amputada. Em parte, ele responsabiliza o sucateamento do posto do Ministério do Trabalho na região.

“Aqui na cidade temos apenas dois auditores fiscais que, além de Sete Lagoas, têm que dar conta de Pedro Leopoldo, Abaeté, até Pompéu. Não dão conta do trabalho. O posto do Ministério do Trabalho às vezes não tem nem água para as pessoas trabalharem. Os funcionários recorrem aos sindicatos para ajudar. Há quase 20 anos que não há concurso para auditor. Então fica tudo precarizado”, denuncia o presidente do sindicato.

Dias informou ainda que acompanhou nesta quarta-feira (21) a perícia que foi realizada na empresa pela Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Informou também que relatou o caso ao sindicato regional.

A Polícia Civil e a empresa foram procurados, mas não responderam até o fechamento desta reportagem.


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