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Estado de Minas QUEIMADAS

'O fogo vinha com tudo', relata dona de restaurante na Serra do Cipó

Há dois dias, Tânia Lucia Moreira Estevão quase teve o restaurante, Sabor de Minas, incendiado por uma das maiores queimadas registradas na região da Serra do Cipó


01/10/2020 18:45 - atualizado 01/10/2020 20:11

Tânia Lúcia Moreira Estêvão, que há dois dias quase teve seu restaurante queimado por incêndio(foto: Leandro Couri/EM/D.A. Press)
Tânia Lúcia Moreira Estêvão, que há dois dias quase teve seu restaurante queimado por incêndio (foto: Leandro Couri/EM/D.A. Press)

O desespero de presenciar um incêndio de grandes proporções a poucos passos de seu comércio foi vivido por duas mulheres na última terça-feira (29), nas imediações de Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte – incêndio que representa uma extensão da linha de fogo que atinge a Serra do Cipó. A equipe do jornal Estado de Minas foi a primeira a presenciar o desespero dos moradores e reportar o fato. Dois dias depois, a mesma equipe de reportagem retorna ao local e conversa com os personagens que travaram uma luta contra o fogo.



Dona de um restaurante às margens do quilômetro 54 da MG-10, Tânia Lúcia Moreira Estêvão conta que já havia notado o fogo desde o domingo (27) e monitorava visualmente. “Quando foi anteontem (29), esse fogo se alastrou de uma forma bem rápida. Mesmo assim, não pensei que ele viria atingir minha residência, meu restaurante, nossos comércios”, disse.

Por volta das 19h a comerciante notou um “clarão”. “Quando eu desci rapidamente eu percebi que o fogo já estava vindo com tudo”, conta a moradora. “Eu estava sozinha em casa, sabia que não teria condições alguma de conter esse fogo. Desesperada, eu peguei a chave do meu carro e falei: ‘eu tenho que sair daqui porque infelizmente vai acontecer coisas piores’”, pensou.

No caminho, ela encontrou com a equipe de reportagem do EM, que prestou apoio no momento. Logo em seguida, outras pessoas apareceram. “Os moradores que já tinham visto a altura que o fogo estava vieram com baldes, bacias, tudo que podiam para me ajudar a apagar o incêndio que teve proporções muito grandes”, relembra Tânia.

Tania Lucia Moreira Estevao e Vera Lucia de Souza Estevao, há dois dias quase tiveram o comércio incendiado por uma das maiores queimadas registradas na região da Serra do Cipó(foto: Leandro Couri/EM/D.A. Press)
Tania Lucia Moreira Estevao e Vera Lucia de Souza Estevao, há dois dias quase tiveram o comércio incendiado por uma das maiores queimadas registradas na região da Serra do Cipó (foto: Leandro Couri/EM/D.A. Press)


A floricultura da cunhada dela, Vera Lucia de Souza Estevão, sofreu com metade do estabelecimento consumido pelo fogo. Mesmo assim, a proprietária não perde o sorriso no rosto. "Fazer o quê, meu filho? Já queimou mesmo. A vida que segue", diz à reportagem.


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