
Segundo a Polícia Militar (PM), os autores do crime são quatro homens encapuzados, que pediram que os passageiros descessem e atearam fogo no veículo. Desta vez, os bandidos não deixaram bilhetes informando a motivação do ataque ou quem o teria comandado.
Cerca de 30 mulheres, parentes dos detentos do presídio, protestavam no local pouco antes do delito. Segundo a PM, elas faziam reinvindicações relacionadas às visitas, que ficaram restritas a 20 minutos por mês durante a pandemia. A própria corporação, no entanto, informou que se tratava de uma manifestação pacífica, informação reiterada pela Frente Estadual pelo Desencarceramento de Minas Gerais.
URGENTE! Viaturas do Comando de Operações Especiais acabam de chegar à Nelson Hungria! Rodrigo Machado, diretor do DEPEN MG, mente e acusa familiares de incendiarem ônibus para justificar a bárbarie!#MinasContraTortura
%u2014 Frente Estadual pelo Desencarceramento- MG (@desencarceramg) September 26, 2020
O batalhão de choque foi acionado e já está no local. A Polícia Civil de Minas Gerais investiga se a há há relação entre a queima do ônibus e o sistema prisional. O Corpo de Bombeiros informou que as chamas já estão sob controle e não houve feridos no incidente.
Ataques frequentes
O veículo queimado esta noite em Contagem é o sexto em 17 dias.
Em 16 de setembro, um coletivo da linha 607 (Estação Vilarinho/Esplendor) foi incendiado em Ribeirão das Neves, Grande BH, por quatro criminosos encapuzados e armados com submetralhadoras.
No dia 14, um ônibus metropolitano da linha 5500, que liga os bairros Morro Alto e Serra Dourada, foi incendiado por dois bandidos. A dupla deixou com o motorista um bilhete que expõe a suposta motivação do crime. O ato seria um protesto por melhor tratamento aos detentos da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem.
Em 12 de setembro, criminosos atearam fogo em um veículo da linha 705, que faz o trajeto Solimões-Estação São Gabriel. Três homens abordaram o ônibus, roubaram os passageiros e exigiram que todos saíssem antes de incendiar o coletivo.
Um dia antes (11/9), um veículo da linha 825 (Estação São Gabriel / Vitória II via UPA Nordeste) também foi atacado. Desta vez, por oito criminosos armados, que cercaram o ônibus com dois carros.
O primeiro ataque ocorreu no dia 9 de setembro, no Bairro Jardim Vitória, na Região Nordeste da Capital. Três homens renderam o motorista da linha 5502 C (Pousada Santo Antônio), mandaram que ele se retirasse e botaram fogo no automóvel. O trio disse que estava a serviço de presos da Nelson Hungria.
