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Estado de Minas APÓS A QUARENTENA

Zoológico de BH se prepara para reabrir com a chegada e o nascimento de animais

Durante isolamento social, obras foram feitas no local. Dois animais morreram, três em extinção chegaram e houve o nascimento de um macaco barrigudo


25/09/2020 17:27 - atualizado 25/09/2020 21:08

Macaco-barrigudo com filhote(foto: Herlandes Tinoco/Divulgação/PBH)
Macaco-barrigudo com filhote (foto: Herlandes Tinoco/Divulgação/PBH)

O período de quarentena em função da pandemia do novo coronavírus em nada atrapalhou o zoológico de Belo Horizonte. Pelo contrário, os meses de isolamento social foram produtivos no espaço dos animais. Pequenas obras e reparos foram feitos para melhor aconchegar as espécies e também receber o público, que ainda segue sem data para poder voltar a visitar o jardim.

“Estamos no processo de finalização dos processos básicos para a reabertura. Dentro da programação do qual o zoo faz parte, tivemos alguns parques abertos, mas ainda estamos aguardando orientação da Secretaria Municipal de Saúde”, adianta Humberto Mello, gerente do Jardim Zoológico. Os protocolos são os mesmos dos parques municipais: agendamento, uso de máscara e distanciamento social.

As novidades para os visitantes começam com boas notícias. Houve chegada e nascimento de animais. Um cervo-do-Pantanal chegou em parceria com o Núcleo de Pesquisa e Conservação de Cervídeos da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Em um trabalho de conservação integrada com o Zoológico de São Paulo, BH também recebeu duas espécies ameaçadas de extinção: um mico-leão-de-cara-dourada e um mico-leão-preto.

Em 25 de agosto nasceu um macaco-barrigudo, espécie também ameaçada de extinção no país. Outra novidade foi o primeiro voo da filhote de arara-azul-grande, que nasceu no fim do ano passado.

Filhote de arara-azul-grande alçou primeiro voo(foto: Humberto Mello/Divulgação/PBH)
Filhote de arara-azul-grande alçou primeiro voo (foto: Humberto Mello/Divulgação/PBH)


“No caso da arara, considero como ganho do isolamento porque é um animal que foi criado pelos pais e teve primeiro voo agora”, analisa Humberto Mello. “Todo esse cenário de chegadas e nascimento serve pra gente traçar um plano de conservação das espécies. Fortalece nossa função de jardim zoológico.”

Reformas

De acordo com a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, foi feita uma pequena reforma na área de visitação dos gorilas, reformulação dos portões da área interna, construção de comedouros com área de sombra para emas e avestruz, construção de estrutura para receber uma iguana e também transferência do espaço de jacarés. “Aproveitamos esse tempo e fizemos ambientação de vários recintos para bem estar dos nossos animais. A gente não parou não. Sempre com um olhar para o bem estar”, conta Mello.

O gerente do local garante que a falta do público não alterou o comportamento dos bichos. “Estão todos bem. Quanto mais tivermos esse olhar para os programas de bem estar animal, não haverá mudança no comportamento deles. Tivemos esse cuidado e vamos continuar tendo sempre”, disse.

Embora a falta de gente nos corredores não tenha influenciado nos hábitos dos animais, os trabalhadores do jardim zoológico não escondem a saudade. “A gente sente falta das pessoas. Além de pesquisa e lazer, uma das principais funções é a educação. Faz parte do nosso trabalho conversar com os visitantes para que as pessoas entendam a real função de incentivar a preservação. Precisa ter essa troca, gera conhecimento, aprendizagem. Tem uma ansiedade de ver a carinha das pessoas novamente, mas estamos nos preparando”, conta Humberto Mello.

Perdas 

O período, no entanto, não foi só de alegrias. A leoa Hanna morreu aos 14 anos, vítima de um câncer abdominal. Em 2012, ela chegou a ser considerada a rainha do Zoológico de BH.

Leoa Hanna era a rainha do zoo(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Leoa Hanna era a rainha do zoo (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)


A onça-pintada Jonas também se despediu sem plateia. Segundo o gerente do zoológico, ela já era considerado idosa com 20 anos de idade. “Teve uma manifestação estranha, suspeita de contaminação por chumbo”, explica. O animal estava no parque desde 2004.
Onça-pintada Jonas flagrada pelo EM em 2014 (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Onça-pintada Jonas flagrada pelo EM em 2014 (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)


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