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Estado de Minas PROMESSA ANTIGA

Expansão do metrô de BH já foi prometida por políticos de vários partidos

Governos federal, estadual e prefeitura já anunciaram projeto no passado, mas nunca saiu do papel


02/09/2020 13:12 - atualizado 02/09/2020 14:36

(foto: Jair Amaral/EM/D. A. Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D. A. Press)
anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a viabilização da construção da linha 2 do metrô de Belo Horizonte, que promete ligar o Calafate ao Barreiro, deu um ar de esperança aos moradores da capital e da Região Metropolitana. No entanto, a confirmação de verba feita por Bolsonaro já havia sido divulgada por outros presidentes e governadores no passado.

Em 2008, o então governador de Minas, Aécio Neves, havia informado que o presidente da época, Luiz Inácio Lula da Silva, aprovou o projeto de expansão do metrô e representantes dos governos estadual e federal fariam a formatação da modelagem da parceria público-privada. Os investimentos anunciados para a obra giravam em torno de R$ 4 bilhões. O empreendimento tinha vistas à Copa do Mundo de 2014.

Em 2011, a presidente Dilma Rousseff havia anunciado a liberação de R$ 3,16 bilhões do Orçamento da União para as obras de mobilidade urbana. O projeto incluía novas estações para a linha 1 - a única que opera em BH até o momento - e as construções das linhas 2 e 3, esta última que ligaria a Savassi até a Lagoinha.
O tempo passou e as obras não tiveram início. Em 2012, perfurações começaram a ser feitas em diversos pontos de Belo Horizonte, como Praça Sete, Praça Rio Branco, entre outros, para avaliar a resistência do solo, visando ao projeto de expansão do metrô. Os trabalhos foram ordenados pelo então prefeito da capital mineira, Márcio Lacerda.

Em 2014, a pauta sobre a ampliação do metrô voltou e dividiu os governos estadual e federal. Em uma visita da presidente Dilma Rousseff a Belo Horizonte, acompanhada do ex-presidente Lula, uma faixa de cobrança em relação ao transporte ferroviário foi colocada no trajeto deles. Lula, então, acusou o Executivo estadual de não ter apresentado um projeto para que o dinheiro fosse aplicado nas obras.

"Quando eu cheguei aqui, vi uma faixa com a frase 'Dilma chega de mentira, cadê o dinheiro do metrô?' Eu digo que o dinheiro do metrô está esperando o governo de Minas Gerais apresentar um projeto para a gente fazer o metrô. Se apresentar o projeto, o dinheiro tem, porque somos republicanos, mas não somos tontos de liberar o dinheiro sem o projeto", disse.

O governo estadual, por sua vez, respondeu que a responsabilidade do metrô era federal. “Primeiramente, é importante deixar claro que a obra do metrô de BH é de inteira responsabilidade do Governo Federal, sendo que a última ampliação ocorreu ainda durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”, publicou, em nota, o Executivo.

No mesmo ano, Dilma havia anunciado recursos da ordem de R$ 2,5 bilhões para melhorar a mobilidade urbana da capital. Do montante, R$ 2 bilhões iriam para a Prefeitura de Belo Horizonte e governo de Minas, para que, em parceria, elaborassem projetos para a expansão do metrô. Deste total de recursos, R$ 1,910 bilhão serão para construção de dois trechos das linhas 2 e 3 do metrô de Belo Horizonte e R$ 90 mil para elaboração de projetos.

Por último, em 2017, o então presidente Michel Temer anunciou a destinação de R$ 157,7 milhões para a ampliação da linha 1 do metrô. 

Alerta

De acordo com o documento que qualificou o projeto da linha 2 do metrô de BH para o Programa de Parcerias de Investimento (PPI), ainda haverá estudos de viabilidade e de alternativas de parcerias com a iniciativa privada. Esta fase, de acordo com o cronograma publicado na resolução, está prevista para ser finalizada no 1º trimestre de 2021. O leilão, por sua vez, deve acontecer no 3º trimestre do mesmo ano. Tudo será coordenado pelo O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes).

Os procedimentos indicam que as obras ainda podem demorar um pouco para serem iniciadas, mesmo com o repasse de mais de R$ 1 bilhão. O alerta também foi feito pela deputada federal Áurea Carolina (Psol/MG).

“Ainda é necessário um aval da Justiça para confirmar o repasse. O que ele não fala é que, caso se confirme, nenhuma obra terá início antes de 2022, já que serão necessários estudos de viabilidade e procedimentos de licitação”, publicou a parlamentar em uma rede social.


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