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Estado de Minas PLACAS E CARTILHAS

MP e Vale fazem acordo para melhorar comunicação sobre riscos de barragens em Macacos

Objetivo do termo é garantir ao turista que visita o distrito informações sobre as manchas de inundação e medidas de segurança em caso de rompimento das represas


30/07/2020 21:10 - atualizado 30/07/2020 21:23

Macacos, distrito de Nova Lima, ainda convive com as ameaças trazidas pela mineração
Macacos, distrito de Nova Lima, ainda convive com as ameaças trazidas pela mineração (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)

 

A mineradora Vale e o Ministério Público de Minas Gerais assinaram um novo acordo para ampliar a comunicação sobre os riscos que circundam as barragens da empresa localizadas nos arredores do distrito de São Sebastião das Águas Claras, também conhecido como Macacos, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

 

De acordo com o MP, o novo termo não substitui os assinados anteriormente, mas só amplia as obrigações da mineradora. O documento diz respeito as barragens B5, Taquaras, B3/B4, B6, B7 e Capão da Serra (Minas Mar Azul, Mutuca e Tamanduá), que, se romperem, podem potencialmente impactar a região.

 

Uma das mudanças promovidas pelo acordo diz respeito às placas informativas que indicam as rotas de fuga. Hoje, esses equipamentos só informam em português. A intenção do MP é que a Vale também forneça itens em inglês e espanhol.

 

O mesmo processo acontece com cartilhas informativas. Os cartões deverão ser entregues nos três idiomas a proprietários de restaurantes, bares e hotéis de Macacos.

 

Essas medidas deverão ser cumpridas num prazo de 120 dias (quatro meses).

 

Além disso, o acordo entre MP e Vale prevê um treinamento promovido pela empresa com empresários de Macacos. Essa dinâmica deve ocorrer com frequência mínima anual, com objetivo de que essas pessoas orientem os turistas em caso de tragédia.

 

O acordo também determina que a Vale disponibilize em seu site estudos atualizados ligados ao licenciamento ambiental das barragens. O mesmo para os relatórios do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM).

 

Relembre o caso

Em 16 de fevereiro de 2019, soou a sirene da barragem B3/B4 da Vale e centenas pessoas no distrito de São Sebastião das Águas Claras (Macacos), em Nova Lima, tiveram de deixar às pressas o lugar onde se encontravam. No total, 125 famílias foram retiradas de suas casas por causa da represa da Mina de Mar Azul.

 

Em março daquele ano, a mineradora elevou para o nível 3, o último antes do rompimento, a situação do barramento. À época, a Vale apresentou à Defesa Civil estadual laudos técnicos emitidos por uma auditoria externa, que traziam dados críticos sobre a estrutura.

 

A B3/B4 abriga cerca de 3 milhões de metros cúbicos de rejeitos com estrutura a montante, o mesmo modelo de construção utilizado nas barragens 1, em Brumadinho, e de Fundão, em Mariana.

 

Nesse sábado (25), a Vale voltou a remover pessoas de suas casas em Macacos. Isso aconteceu por causa da ampliação da área de risco da barragem.

 

Segundo a Vale, no entanto, a represa, além de monitorada durante todo o dia, não sofreu alterações em sua estrutura.


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