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Estado de Minas CASO BACKER

Advogados da cervejaria Backer negam falta de assistência às vítimas

Fernando Drummond afirma que a cervejaria Backer "não possui hoje qualquer controle sobre os bens"


postado em 10/06/2020 16:35 / atualizado em 10/06/2020 17:54

Advogados que participaram da entrevista coletiva: Marcos Aurélio Souza Santos, Fernando Drummond, Isabella Nejm e Estêvão Nejm(foto: Juarez Rodrigues/ EM/ D A Press.)
Advogados que participaram da entrevista coletiva: Marcos Aurélio Souza Santos, Fernando Drummond, Isabella Nejm e Estêvão Nejm (foto: Juarez Rodrigues/ EM/ D A Press.)
"Nos últimos tempos, muito se falou da assistência às vítimas. Mas houve bloqueio de bens de R$ 100 milhões que atingiu todo patrimônio da Backer." Foi o que disse um dos advogados da Backer, Fernando Drummond, na tarde desta quarta-feira (10). Após receber o relatório do inquérito policial que indiciou 11 pessoas por lesão corporal, homicídio e intoxicação no caso de contaminação de cervejas da marca mineira Backer, os advogados da cervejaria concederam entrevista coletiva à imprensa. 

Em 9 de março, a Justiça aceitou o recurso da cervejaria Backer e reduziu de R$ 100 milhões para R$ 5 milhões. Posteriormente, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) aumentou o bloqueio de bens da cervejaria Backer para R$ 50 milhões.

"Vinte pessoas que se apresentaram como vítimas ao MPMG. Dessas, apenas cinco conseguiram comprovar. Existem critérios objetivos determinados pela Justiça, e, nesta mesma decisão, restou que caberia ao juiz determinar quais deveriam ser alienados e quais seriam pagos de imediato", sustenta o advogado sobre as acusações feitas por familiares das vítimas.

Ele acrescenta que "a Backer tem todo o interesse em resolver logo esse problema" e sustenta que a empresa "não possui hoje qualquer controle sobre os bens".

Ainda de acordo com o advogado, a empresa pediu autorização para venda de produtos certificados aptos para serem vendidos. "A empresa recebeu a proposta e, antes de o juiz se pronunciar, a Backer adiantou, mediante empréstimo, R$ 200 mil e fez o depósito em juízo."

Assista à coletiva da Polícia Civil na íntegra




Os familiares cobram posicionamento


Nessa terça-feira, vítimas e familiares de pessoas intoxicadas pelo dietilenoglicol, substância tóxica encontrada em cervejas da Backer, publicaram uma nota sobre a conclusão do inquérito da Polícia Civil, que investigou o caso. No texto, eles reforçam que as famílias “continuam desamparadas, sem qualquer auxílio ou apoio da cervejaria Backer”.


O indiciamento


A Polícia Civil de Minas Gerais constatou que um vazamento em um tanque provocou a contaminação das cervejas por mono e dietilenoglicol, substâncias tóxicas usadas no resfriamento do produto, contrariando as instruções do próprio fabricante do equipamento.

Ao longo dos cinco meses de investigações, o número de vítimas registradas no inquérito chegou a 42, mas 13 foram retiradas da lista – três por se recusarem a fazer exames e 10 por fatores médicos ou de inconsistência na apuração para ligá-las ao caso –, explicou ontem, já no início da entrevista, o delegado Flávio Grossi. Assim, a Polícia Civil trabalha com 29 vítimas, sete das quais morreram. Além disso, ainda há denúncias envolvendo 30 supostas vítimas em análise.

A Polícia Civil não divulgou os nomes dos indiciados. Isso porque, segundo a assessoria de imprensa da corporação, configura abuso de autoridade.

Entretanto, a polícia informou tratar-se de uma testemunha que mentiu; o chefe da manutenção, por omissão; seis responsáveis técnicos, por homicídio culposo, lesão corporal culposa e por agirem com culpa na contaminação; e, por fim, três gestores da Backer indiciados por atos na pós-produção. 


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