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Estado de Minas GOLPE

Família de mulher com COVID-19 é vítima de golpe; suposto funcionário de hospital pediu R$ 7 mil

Supostos funcionários ligaram para a família e disseram que a mãe corria risco. Golpistas pediram dinheiro para tratamento. Disseram que o plano de saúde faria o estorno


27/05/2020 07:52 - atualizado 27/05/2020 11:03

Familiar afirma que golpista tinha dados pessoais da paciente. Mulher está internada no Hospital Felício Rocho
Familiar afirma que golpista tinha dados pessoais da paciente. Mulher está internada no Hospital Felício Rocho (foto: Google Street View/ Reprodução)
Familiares de uma paciente, de 56 anos, atestada com a COVID-19 caíram em um golpe na capital mineira. O filho da mulher recebeu uma ligação - de um homem que se identificou como funcionário do hospital  particular onde ela está internada - dizendo que a mãe estava muito doente e precisava de fazer alguns exames que não eram cobertos pelo plano de saúde. O filho fez o depósito de R$ 7 mil.

A mulher está internada no Hospital Felício Rocho. Ela fez exames, que deram positivo para o novo coronavírus. Ficou internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) por três dias. Os médicos do hospital - seguindo o protoloco - relatavam boletim médico pelo telefone.

A Rádio Itatiaia teve acesso à ligação. "Infelizmente, foi identificada uma alteração. Identificamos o acumulo de células blásticas. Células blásticas são células doentes que substituem a células saudáveis do sangue. Esse processo, agora no inicio, esta causando resistência contra a medicação. Ou seja, não deixa a medicação fluir no organismo dela e o quadro vir a melhorar", diz o golpista ao familiar da vítima.

"O principal é que essa alteração esta evoluindo e dominando a maior parte do sangue. Como foi identificado no inicio, ainda temos o autocontrole da cura. A gente consegue combater e destruir essas células doentes. Mas, se não agir da forma adequada - a qualquer momento - essa alteração pode provocar mutação genética entre células e desencadeiar uma célula cancerígena, tornando a paciente em uma portadora do câncer de sangue", prossegue o golpista.

Na ligação telefônica disponibilizada pela rádio, o familiar se mostra muito surpreso e disposto a fazer o que fosse necessário para o bem estar da mãe.

E, para eliminar essa alteração e tirar a paciente da "zona de risco", o golpista afirma que "necessita realizar um procedimento de imagem." "Com esses aparelhos, eu vou ver detalhes e vou saber qual a medicação ela necessita pra eliminar todas essas células doentes em uma só dosagem." Entretanto, afirma que não há esses aparelhos no hospital e, para evitar uma transferência da paciente, precisava de uma quantia em dinheiro.

O estelionatário afirma que, por burocracia do plano de saúde, esse procedimento só poderia ser feito em dois dias. E, segundo ele, tempo suficiente para a paciente desenvolver um câncer. "Aguardar o plano, é deixar o câncer evoluir."

Ainda de acordo o criminoso, o valor inicial que incluía os aparelhos, a medicação, e o deslocamento do aparelho da clínica até o hospital ficaria em R$ 4.900. Outras ligações foram feitas. Por fim, segundo familiares, foram feitas três transferências bancárias.

A vítima fez um primeiro depósito de R$ 3 mil. Depois, um segundo de R$ 1.900. Por fim, um último de R$2.100.

Ainda em entrevista à Itatiaia, ele afirmou que foi até o hospital - onde não teve esclarecimentos. Ele disse que registrou um boletim de ocorrência. Entretanto, a PM não localizou o registro. 

Posição do Hospital Felício Rocho 

"O Hospital Felício Rocho informa que está apurando a denúncia de  um golpe aplicado a  familiares de uma paciente feita por criminosos que se passaram por funcionários do Hospital. Por se tratar de um golpe aplicado amplamente já há algum tempo em diversos hospitais pelo país, informamos que o momento de internação, esse aleta é passado através do 'Termo de ciência orientação de golpe' que é assinado pelo paciente", informa o hospital por meio de nota.

O documento informa: "estou ciente que não devo realizar transferências; depósitos de valores solicitados através de contato/mensagem telefônica por desconhecidos; Estou ciente que sou a o responsável por orientar a todos os familiares e envolvidos no cuidado do paciente, e que se por ventura receberam esse tipo de ligação devem acionar imediatamente o serviço de apoio ao cliente e/ou setor de internação." 

Nesse caso, de acordo com o hospital, o responsável pela internação assinou o termo. 

Em situação como esta, a fundação tem como rotina: "investigação interna dos setores, bloqueio imediato de números de telefones suspeitos, registro de boletim de ocorrência interno feito pelo setor de segurança patrimonial para apuração do caso. "


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