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Estado de Minas

Carreata de vans escolares da RMBH pede socorro a prefeituras: 'Esquecidos pelo governo'

Manifestantes reivindicam isenção de impostos, cestas básicas e agilidade na aprovação do auxílio emergencial


postado em 27/04/2020 13:41 / atualizado em 27/04/2020 16:59

Transportadores escolares e de fretamento de turismo reivindicam políticas de amparo na porta da prefeitura de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte(foto: Edésio Ferreira/EM D.A Press)
Transportadores escolares e de fretamento de turismo reivindicam políticas de amparo na porta da prefeitura de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte (foto: Edésio Ferreira/EM D.A Press)


Cerca de 250 transportadores escolares e de fretamento e turismo de Belo Horizonte e Região Metropolitana se reuniram em carreata na tarde desta segunda-feira (27), na porta da Prefeitura da capital, para reivindicar políticas de amparo à categoria durante a pandemia de coronavírus

Líder do movimento, o motorista Valdeir Geraldo Batista, conhecido como Valdeir do escolar, afirma que a situação dos trabalhadores do segmento é grave. "Não temos renda alguma há mais de um mês. E sem perspectivas de sobrevivência nos próximos três meses", relata.

Entre as principais pautas dos manifestantes estão a isenção do IPVA 2020/2021, flexibilização do prazo estabelecido para troca dos veículos, cestas básicas, paralisação do pagamento das prestações de vans e ônibus financiados sem encargos ou juros, e agilidade na aprovação do auxílio emergencial para a categoria. Os motoristas de vans escolares foram incluídos como beneficiários da ajuda de R$ 600 reais do governo por meio do Projeto de Lei 873/20 - já aprovado pelo Congresso em 22 de abril, mas que ainda depende de sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido)

“A gente sabe que algumas dessas reivindicações não são da competência dos prefeitos, mas queremos que eles intercedam a nosso favor. No caso dos financiamentos dos veículos, por exemplo, eles podem nos ajudar a articular junto à Febraban (Federação Brasileira de Bancos), para que as instituições financeiras paralisem a cobrança de prestações e nos isentem de juros e multas enquanto durar a pandemia. Estamos sem trabalhar desde a suspensão das aulas. Como vamos pagar?”, argumenta Valdeir.

Ele estima que haja 10 mil transportadores escolares e de turismo cadastrados em Belo Horizonte e Região Metropolitana - muitos envididados, sob risco de perder o automóvel para os bancos.

Parado desde 18 de março, quando o Decreto Estadual nº 47.886, assinado pelo governador Romeu Zema (Novo), suspendeu as aulas no estado por tempo indeterminado, o motorista Mário Santos da Silva relata que tem tido dificuldade até para arcar com o combustível de sua van.

"Os bancos ligam o dia inteiro para cobrar as prestações dos nossos carros e ameaçam recolhê-los. É nosso sustento, a única coisa que temos. A situação está muito ruim para nós mesmo, não entra dinheiro. Como vamos sobreviver? A gente não tem nada, auxílio nenhum. Ninguém olha por nós", queixa-se o profissional. 

Segundo Valdeir, os manifestantes devem permanecer na porta da PBH até que alguma autoridade municipal protocole o recebimento do documento que detalha os pedidos da categoria. A carreata partiu da Praça do Trabalhador, em Contagem. A primeira parada foi em frente à prefeitura da cidade. “O prefeito Alexis de Freitas (sem partido) nos recebeu pessoalmente e atendeu duas pautas nossas. Uma foi flexibilização do prazo para a troca dos veículos, que passou de 13 para 15 anos. Outra foi o fornecimento de cestas básicas para os motoristas de Contagem. Ele prometeu avaliar as demais reivindicações com sua equipe. Esperamos que a prefeitura de BH também nos ajude de alguma maneira”, comenta Valdeir


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