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Estado de Minas PANDEMIA

'SOS Turismo': carreata cobra apoio oficial com juro menor e dívida prorrogada

Entre reivindicações, transportadores do setor pedem auxílio emergencial a guias, isenção de IPVA 2021 e congelamento do preço do diesel


postado em 23/04/2020 16:01 / atualizado em 24/04/2020 08:31

Carreata de ônibus de empresas de turismo na Rodovia Fernão Dias(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press)
Carreata de ônibus de empresas de turismo na Rodovia Fernão Dias (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press)

O pedido de socorro ao setor de turismo saiu em forma de carreata nesta quinta-feira (23). Mobilização promovida por empresas transportadoras de turismo, agências de viagens e guias de turismo resultou em filas na BR-381 em Contagem e Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a organização, participaram 120 ônibus e 80 carros de passeio, sendo aproximadamente 400 pessoas envolvidas.



De acordo com Leonardo Pimenta, um dos organizadores do protesto, são cinco pontos entre as reivindicações, incluindo pedido de auxílio emergencial e isenção de impostos. “A principal delas é que o governo federal fez um repasse ao segmento que passa por um banco privado que o supervalorizou e ficou caríssimo o empréstimo pra gente”, queixou o empresário.

Confira as reivindicações do grupo:

  1. Aprovar auxílio emergencial de R$ 1.567,50 para guias de turismo cadastrados no CADASTUR.
  2. Extinção da corresponsabilidade das agências de turismo dos contratos de viagens junto às operadoras.
  3. Projeto de retomada do turismo: diminuição por seis meses pós-pandemia em 50% da carga tributária de todos os impostos, isenção de IPVA 2021 e congelamento do preço do diesel com o valor atual.
  4. Carência do financiamento dos veículos no prazo de seis meses já concedidos pelo Finame do BNDES, que comece a valer após o término oficial da pandemia. O mesmo vale para o adiamento da data final do contrato pelo mesmo prazo de carência. “Ou seja, um contrato que venceria em 12/2021, em vez de ter diluído o saldo devedor nas parcelas já existentes, seria postergado no mesmo prazo de carência, de modo que o prazo final de vencimento do contrato passe a ser 6/2022 (seis meses depois)”, diz a pauta.
  5. Intermediação do governo federal na liberação de linhas de crédito entre bancos privados e BNDES com carência a valer somente após a pandemia, sendo essa taxa de crédito condizente com a que o BNDES repassou. Segundo a organização, a atual taxa do governo é 6,34% a.a e o banco intermediador, 6,80% a.a, um total de 13,14% a.a. “Considerando que é uma linha de crédito especial, devido à pandemia, precisamos que a taxa final seja a mais próxima da taxa do governo federal e o banco intermediador não tenha grandes lucros financeiros como está acontecendo atualmente com taxas superiores (em média, o dobro) às do governo, mesmo porque o recurso financeiro é proveniente direto do governo federal e não do banco intermediador, que é um simples avalista”, reclama a organização.

A concentração começou por volta das 14h na marginal na BR-381, no Bairro Amazonas, em Contagem. O grupo saiu às 15h, seguindo no sentido Belo Horizonte, a partir de Betim. Segundo a organização, o trajeto seguiu até o Centro de BH, dispersando na Praça Raul Soares.
Carreata de ônibus de empresas de turismo na Rodovia Fernão Dias(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press)
Carreata de ônibus de empresas de turismo na Rodovia Fernão Dias (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press)


Na convocação do protesto, os organizadores ressaltaram que a manifestação deveria ser pacífica e sem caráter político, não indo contra as indicações da Organização Mundial da Saúde (OMS) “e sim para que o turismo sobreviva a esta pandemia”. Foi recomendado que os participantes não fizessem aglomerações de pessoas, não saíssem dos veículos e levassem álcool em gel e máscara.

Anúncio do protesto pede para evitar aglomerações(foto: Movimento SOS Turismo/Divulgação)
Anúncio do protesto pede para evitar aglomerações (foto: Movimento SOS Turismo/Divulgação)


Ônibus interestaduais tentam reativar viagens


As empresas de ônibus rodoviário interestadual e internacional de passageiros se movimentam para retornar à normalidade. E, para isso, anunciam investimento em higienização e adequação de preços. Mas, enquanto seguem valendo as medidas de isolamento social, o setor opera para atender somente às demandas essenciais.
Segundo Letícia Pineschi, conselheira da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), que representa o setor no país, nas garagens, a cada viagem os ônibus são higienizados por fora e por dentro, com composto químico apropriado. “Nos banheiros, o descarte de dejetos segue normas sanitárias rígidas e os reservatórios de água e sabão estão sempre abastecidos”, informa a entidade. Os dutos de ar condicionados também são limpos e trocados periodicamente, segundo a associação.
 
“Esse cuidado redobrado com esses itens durante e pós pandemia faz toda a diferença para quem optar pelo transporte regulado, porque justamente nesse período o transporte clandestino se aproveita para ocupar espaço, mas sem a menor condições de oferecer a mesma segurança de higiene e limpeza dos veículos como as empresas de viagens regulares”, afirma Letícia.
 
As empresas informam ter disponibilizado álcool em gel para funcionários e clientes e estimulam o uso dos equipamentos de proteção individual para motoristas e responsáveis pelo atendimento presencial ao passageiro. Para garantir o acesso às viagens neste momento de crise até o retorno à rotina, as companhias sinalizam com adequação dos preços das passagens, mas ainda não falam em descontos.


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