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Estado de Minas ISOLAMENTO SOCIAL

Tocador de violino leva alento em tempos de incertezas pelo coronavírus

Posicionado na Praça Sete, no Centro de BH, músico distribui notas sonoras para uma plateia vazia de uma cidade quase isolada


postado em 21/04/2020 16:26 / atualizado em 21/04/2020 16:44

Antes de ir tocar na Praça Sete, ele fez recital para equipe de saúde e pacientes na capela do Hospital João XXIII(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Antes de ir tocar na Praça Sete, ele fez recital para equipe de saúde e pacientes na capela do Hospital João XXIII (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Na cidade desolada, a música de um violino rompe o quase silêncio e reverbera pelo Centro de Belo Horizonte. As mãos do músico autodidata Tiago Oliveira, suavemente, criam acordes musicais aleatórios, que vibram e emitem o som da paz no instrumento musical.
 
Estrategicamente posicionado embaixo do obelisco (pirulito) da Praça Sete,  no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas, Tiago escolheu o lugar por acreditar na energia presente no monumento-símbolo da capital mineira. "A música serve como amplificador da consciência. Aqui, diante do obelisco, eu acredito que ele sirva de antena, que reverbera as notas musicais e contagia toda a cidade. A musicalidade liberta e tem o poder de cura. Ela expande as mentes e os horizontes e é isto que eu ofereço aos moradores de Belo Horizonte.

Músico vive por meio das aulas que oferece aos alunos(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Músico vive por meio das aulas que oferece aos alunos (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Antes de ir tocar na Praça Sete, ele fez um recital emocionante para equipe de saúde e pacientes na capela do Hospital João XXIII. "O grupo de humanização do local, conhecido como abelhinhas, me acolheu e, desde então, retribuo, voluntariamente, ao levar alento nesses dias tão difíceis que eles enfrentam na árdua tarefa de embate com o coronavírus".  

Há 16 anos, Tiago Oliveira começou a tocar violino com um professor particular. Depois disso, aprendeu, por conta própria, outros instrumentos como violoncelo e a flauta transversa. 

"Sou autodidata, um professor apaixonado pela música e tento viver dela", observa Tiago. O músico se sustenta das aulas que oferece aos alunos. Tocar nas ruas, instituições sociais ou públicas é por solidariedade. 

No último mês, ele viu a cidade se esvaziar por conta do isolamento social. Mesmo assim, não deixou de oferecer, gratuitamente, momentos de prazer ao tocar seu violino em uma cidade sem plateia. Pois, como ele mesmo diz: "Mesmo à distância, as ondas sonoras vão chegar dentro das casas e acalmar aqueles que precisam tanto de um alento". "Fiz a minha parte", finaliza.


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