![(foto: Lá da Favelinha/Divulgação) (foto: Lá da Favelinha/Divulgação)](https://i.em.com.br/g2AgbsgHGWzhOLZf6oFM6BymmLE=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/04/03/1135404/20200403163244693087e.jpg)
O avanço do novo coronavírus nos países gerou uma escassez de máscaras de proteção no mundo todo. O cenário não é diferente em Belo Horizonte, onde encontrar o equipamento de segurança se tornou um grande desafio. Pensando nisso, uma cooperativa de moda sustentável do Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, está produzindo as máscaras feitas de algodão e não descartáveis.
O Remexe Favelinha é um dos projetos do Centro Cultural Lá da Favelinha. “O remexe é mais do que etiqueta. A gente faz roupa feita de roupa, de roupa que existe”, conta Kdu dos Anjos, idealizador e líder do centro. Mas, com a expansão do número de casos do coronavírus, as atividades da cooperativa foram encerradas.
“Desde que entramos em quarentena, paramos com a produção. Mas, uma semana depois, soubemos de um chamamento publico na internet de pessoas que tivessem interesse em colaborar com profissionais de saúde da UPA Centro-sul com produção de jalecos”, conta. “As pessoas traziam material e nós confeccionávamos.” Em seguida, iniciaram a produção de máscaras.
![(foto: Lá da Favelinha/Divulgação) (foto: Lá da Favelinha/Divulgação)](https://i.em.com.br/7T4G_NoB_o9biessLacDfEef8Go=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/04/03/1135404/20200403163428292104a.jpg)
O mais interessante é que as máscaras são de algodão – bem estilosas – e ainda podem ser reutilizadas.
As máscaras caseiras funcionam muito bem como barreira mecânica de gotículas. “Qualquer pessoa pode fazer sua máscara de pano e utilizar, que vai funcionar e vai estar ajudando o sistema de saúde”, disse o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, em coletiva de imprensa ontem. O próprio Ministério da Saúde já tem até um manual para ensinar a fazer máscara caseira.
“Elas são reutilizadas. Mas precisa fazer uma higienização muito bem feita. É preciso ter muito cuidado para que, caso a pessoa esteja contaminada, não infecte outras pessoas quando for tirar a máscara”, acrescenta Kdu.
Algumas máscaras estão sendo distribuídas na comunidade. Outras são feitas sob encomendas de empresa e outras são encomendas particulares.
Ficou interessado? É só entrar em contato pelo Instagram: @LaDaFavelinha, @RemexeFavelinha ou @KduDosAnjos Financiamento coletivo
Lá da Favelinha
A história do Centro Cultural Lá da Favelinha começou com uma oficina de rap e uma biblioteca comunitária do Aglomerado da Serra. Mas, diante das demandas da comunidade, foi possível perceber a necessidade de construir um espaço comunitário e de formação profissional.
A partir dessa ideia, a instituição deu passos e hoje é um Centro Cultural. O objetivo é incentivar o empreendedorismo criativo e comunitário, promovendo educação, cultura e desenvolvimento humano.
Atualmente, oferece 13 oficinas gratuitas, voluntárias e semanais (teatro, vogue, capoeira, comunicação, espanhol, judô, terapia com arte, pilates, violão, stencil, dança espanhola, corpo e movimento e ritmo e poesia – rap), além da marca de moda sustentável, o Remexe.
Financiamento coletivo
O objetivo é arrecadar os recursos necessários para manter suas atividades e pagar os funcionários nos próximos meses. Com valores a partir de R$ 10 já é possível apoiar a iniciativa. Clique aqui para ajudar.