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Estado de Minas

Após as chuvas registradas na RMBH, perigo agora é o risco de doenças

Desde o início da semana, é grande a fila na porta da policlínica de Sabará para vacinação contra tétano e hepatite A


postado em 01/02/2020 06:00 / atualizado em 01/02/2020 07:54

Sabará, na região metropolitana, aguarda chegada de vacinas para imunizar moradores contra hepatite (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )
Sabará, na região metropolitana, aguarda chegada de vacinas para imunizar moradores contra hepatite (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )

Destruição de praças e vias públicas, queda de três passarelas sobre o Rio Sabará e ruas tomadas por entulho e lama. Após o transbordamento do Rio das Velhas, muitos moradores de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, tiveram de deixar suas casas e vivem momentos de desespero. Em meio às perdas, a necessidade paralela de cuidar da saúde de quem teve contato com as águas contaminadas das enchentes. Desde o início da semana, é grande a fila na porta da policlínica de Sabará para vacinação contra tétano e hepatite A. De acordo com a administração municipal, 3 mil pessoas foram imunizadas contra tétano. As vacinas contra hepatite – serão 2.500 – devem chegar até segunda-feira. Resta a dúvida se a quantidade será suficiente.

Nos últimos dias, conforme a Prefeitura de Sabará, que teve cerca de 30% do território atingido, com destaque para população ribeirinha e de encostas, já foram retiradas 3 mil toneladas de lama e entulho das ruas – a cidade de 130 mil habitantes teve decretada situação de emergência pelo prefeito Wander Borges e em nível estadual. No total, há 130 desabrigados, acolhidos pelo município, e 800 desalojados. Há vários postos de vacinação contra tétano, em especial para pessoas que tiveram cortes na pele e contato com a água imunda que subiu 5 metros em alguns pontos.

O tétano é uma infecção causada por bactéria e não é contagiosa. Se não for tratado corretamente, pode matar. E a principal forma de prevenção é por meio da vacina pentavalente. Já a hepatite é uma inflamação do fígado. O contágio da doença ocorre por meio das condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos.

REMÉDIOS ENVIADOS Para dar assistência à população dos municípios afetados pelas enchentes em Minas Gerais, o Ministério da Saúde autorizou o envio de cerca de 2 toneladas de medicamentos e insumos. A pasta diz que já encaminhou ao estado 63.350 mil doses da vacina hepatite A. Ao todo foram oito “kits Calamidades”, com capacidade para atender cerca de 12 mil pessoas ao mês. Cada kit é composto por 30 tipos de medicamentos e 18 tipos de insumos, incluindo antibióticos e anti-inflamatórios. Dos oito kits autorizados, quatro foram entregues – Ibirité, Contagem (dois) e Manhuaçu (Zona da Mata). Entre os a serem liberados estão dois para Sabará), um para São Gonçalo do Rio Abaixo (Região Central) e um para Cataguases (Zona da Mata).

Com relação à quantidade de vacinas destinada a Sabará, o Ministério da Saúde respondeu ao Estado de Minas que atende conforme os pedidos feitos pelos estados. O EM não teve retorno da SES-MG nem da Prefeitura de Sabará sobre se o total seria o bastante para a população sob risco.


Mais cidades em emergência

Chega a 196 o número de municípios mineiros em situação de emergência em função das chuvas, o que corresponde a 23% do total de cidades do estado (853). A atualização foi publicada em edição extra do Diário Oficial Minas Gerais. De acordo com a Defesa Civil estadual, mais 95 municípios entraram na lista, entre eles os que haviam decretado a situação emergencial de forma individualizada. Conforme o último boletim do órgão, 55 pessoas morreram entre 24 e 30 de janeiro. Elas foram vítimas de soterramentos, desmoronamentos, enxurradas ou afogamento. Uma pessoa continua desaparecida. O número de desabrigados ou desalojadas é de 53.581.


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