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Estado de Minas

Na véspera do Dia de Reis, peregrinos lotam Santuário Nossa Senhora da Piedade

Fiéis participam na Serra da Piedade, em Caeté, da Festa da Epifania do Senhor, com missa e apresentações


postado em 05/01/2020 13:24 / atualizado em 05/01/2020 20:49

(foto: Edésio Costa/EM/D.A Press)
(foto: Edésio Costa/EM/D.A Press)

Orações pela paz no mundo e contra todas as guerras, incluindo os conflitos do cotidiano de cada um. Durante missa, neste domingo (5), da Festa da Epifania do Senhor, no Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, na Serra da Piedade, em Caeté, na Grande BH, o celebrante, padre Carlos Antônio da Silva, rezou com os peregrinos para que não ocorra um confronto entre Estados Unidos e Irã, diante da morte do general do país do Oriente Médio, Qassem Soleimani, e do contra-ataque do Iraque a alvos norte-americanos.

“Estamos num momento difícil, de tensão, num pé de guerra entre os dois países. Há Herodes em todos os cantos. Precisamos de preces”, disse o padre em referência ao episódio bíblico da matança dos inocentes que levou à fuga de José, Maria e do Menino Jesus para o Egito.

A Festa da Epifania do Senhor ou dos Santos Reis – a Igreja Católica celebra, nesta segunda (6), a chegada de Belchior, Gaspar e Baltazar ao presépio, para a visita a Jesus – foi celebrada domingo com a presença de dois grupos com tradição, as Pastorinhas de Jaboticatubas e a centenária Folia de Reis de Justinópolis, em Ribeirão das Neves, também na Grande BH.

Com seus ritmos, cânticos e danças, adultos e crianças prestaram suas homenagens ao presépio montado dentro da Basílica da Romaria Nova, para seguir em procissão até a Ermida da Padroeira, que guarda a imagem da protetora de Minas, Nossa Senhora da Piedade, esculpida por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814).

 

(foto: Edésio Costa/EM/D.A Press)
(foto: Edésio Costa/EM/D.A Press)
Mesmo com o vaivém da chuva, muita gente subiu a montanha para assistir à missa e ver, pela primeira vez, a folia de reis. Foi o caso das irmãs Camila Fiama Barros e Beatriz Caroline Barros, residentes na capital. “É muito bonito, realmente nunca tinha visto. Estou aproveitando o passeio para rezar pela paz no mundo e nas famílias”, afirmou Camila, que estava acompanhada do namorado, Fernando Ferreira, da afilhada Ana Carolina e da mãe, Maria Célia Barros.

A Festa da Epifania do Senhor, data especial em que o Menino Jesus foi apresentado ao mundo, é celebrada pela Igreja Católica, no segundo domingo após o Natal. A palavra epifania vem do grego (epifáneia) e significa manifestação pública.

 

Durante a festa deste domingo, padre Carlos Antônio destacou a comemoração, a partir de agora, dos 60 anos da proclamação de Nossa Senhora da Piedade como padroeira de Minas Gerais, o que ocorreu em 31 de julho de 1960 – haverá extensa programação em 2020. A oficialização foi feita pelo papa João XXIII (1881-1963), atendendo ao pedido dos bispos mineiros dom Antônio dos Santos Cabral (1884-1967), então arcebispo metropolitano de BH,  e dom João Resende Costa (1910-2007), então arcebispo coadjutor e administrador apostólico, bem como do então governador do estado José Francisco Bias Fortes (1891-1971). Nesse processo, destacou-se também o trabalho de dom Carlos Carmello de Vasconcelos Motta (1880-1982), mais conhecido como Cardeal Motta e que hoje batiza a praça em frente da ermida.
Presépio em tamanho natural

Na tarde de ontem, muitos peregrinos puderam visitar o recém-inaugurado presépio, com peças em tamanho natural, no Caminho das Dores. As obras ficam dentro de uma gruta e mostram a imensa riqueza ambiental, cultural, paisagística e histórica do complexo da Serra da Piedade. Há muito para ver e aprender no local, que recebe, anualmente, cerca de 500 mil visitantes.

 

As histórias estão em todos os cantos. A fama da Serra da Piedade teria começado entre 1765 e 1767, conforme a tradição oral, com a aparição de Nossa Senhora, com o Menino Jesus nos braços, a uma menina, muda de nascença, cuja família vivia na comunidade de Penha, a seis quilômetros da serra. Nesse momento, a menina teria recuperado a fala. Mais tarde, em 1773, o templo seria construído pelo ermitão português Antônio da Silva, o Bracarena.

Hoje, o alto do maciço oferece ao visitante uma vista de 360 graus da Região Metropolitana de BH. Do sopé da montanha até o topo, muitas descobertas no caminho de quase seis quilômetros, começando pela imagem de São Francisco de Assis. No alto, está a imagem de Cristo no Horto das Oliveiras, rodeada por 75 oliveiras plantadas em 2017. O Horto ou Jardim das Oliveiras foi recriado no alto das montanhas de Minas em total comunhão com a natureza e num ponto perfeito para orações e contemplação da paisagem. Feito em pó de granito, pesando uma tonelada e embelezado pelo paisagismo de Maria das Graças Drumond Souza Lima, a obra da artista Vilma Nöel, também criadora da imagem do “protetor da natureza” e do presépio.

 


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