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Estado de Minas

Polícia prende líder de organização que pode ter furtado mais de 300 carros na Grande BH

Amauri Lima da Silva, de 29 anos, disse aos policiais que furtou 100 veículos, mas investigações indicam que número pode ser três vezes maior, segundo a polícia


postado em 26/12/2019 17:06 / atualizado em 26/12/2019 18:28

 

 

A Polícia Civil de Minas Gerais acredita ter desbaratado uma das maiores quadrilhas de furto de carros do estado. Segundo o delegado Thiago Lima Machado, da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, ela era comandada por Amauri Lima da Silva, de 29 anos, preso no último dia 16 e que tem nada menos que 40 Registros de Eventos de Defesa Social (Reds) no sistema de segurança mineiro.


Conhecido por Maurinho, o suspeito, de 29 anos, disse aos policiais ter furtado mais de 100 veículos na Região Metropolitana de Belo Horizonte nos últimos cinco anos. As autoridades, porém, suspeitam que o número pode chegar a 300. Impressiona ainda a rapidez com que agia: em menos de 20 segundos ele arrombava e levava um veículo, como provam vídeos obtidos pela PC.


“Amauri também era chamado de Professor, pois teria ensinado técnicas do crime a muitos comparsas. Ele foi preso em casa, em Ibirité, e no local foram encontradas muitas centralinas (dispositivo eletrônico utilizado no controle de uma grande variedade de dispositivos mecânicos e elétricos/eletrônicos dos automóveis) e uma tesoura que era utilizada para o arrombamento dos veículos”, explica Machado.

 

Amauri Lima da Silva, de 29 anos, o Maurinho: suspeito de furtar mais de 300 veículos em Minas(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Amauri Lima da Silva, de 29 anos, o Maurinho: suspeito de furtar mais de 300 veículos em Minas (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
 


Entre os locais preferidos por Amauri e sua gangue estão o bairro Caiçara, na Região Noroeste da capital mineira, e Eldorado e Novo Eldorado, na vizinha Contagem. Os veículos furtados, com valores entre R$ 20 mil e R$ 40 mil, eram vendidos a outros criminosos, como traficantes, por valores até R$ 4 mil.

 

Alguns eram desmontados e tinham as peças vendidas em ferros velhos.


Como integrantes da quadrilha do Professor foram identificados Filipe de Almeida Rocha, o Maçarico, de 25 anos; e Wesley Henrique de Almeida Silva, o Magrão ou Dunga, de 28.


Filipe foi preso junto com Amauri em 16 de dezembro, mas como o mandado de prisão contra ele era temporário, foi libertado depois de cinco dias e segue usando tornozeleira eletrônica por conta de condenação por outro crime. Já Wesley está foragido.

 

Rádio comunicador, centralinas e tesoura usados pelo acusado para furtar carros na Grande BH(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Rádio comunicador, centralinas e tesoura usados pelo acusado para furtar carros na Grande BH (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
 


Ele estaria ao volante de um Fiat Siena usado pela quadrilha em 4 de outubro, quando furtaram dois veículos. Primeiro, levaram uma Fiat Strada. Depois, arrombaram um Ford Ka, do qual foram retirados equipamentos eletrônicos avaliados em R$ 30 mil.


“Os três são de Ibirité e amigos de infância. Com o tempo, viraram comparsas no crime”, diz o delegado responsável pela Operação Gazua, que durou três meses e que revela que os criminosos, quando não conseguiam levar o veículo, tiravam o que podiam dele, como estepes e retrovisores, também revendidos.


''Bonzinho''

 

Delegado Thiago Lima Machado, da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, deu detalhes sobre os crimes praticados pelo trio nesta quinta-feira(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Delegado Thiago Lima Machado, da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, deu detalhes sobre os crimes praticados pelo trio nesta quinta-feira (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
 


Chamou a atenção durante a explanação policial o fato de Amauri ter se sensibilizado com uma das vítimas. Depois de furtar veículo em Belo Horizonte, ele resolveu abandoná-lo depois de ver o proprietário fazendo apelo desesperado para ter o bem de volta, pois usava o mesmo para trabalhar e não tinha seguro.


Amauri e Wesley responderão por crimes de furto qualificado e associação criminosa. Já Filipe será indiciado por associação criminosa.



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