
O inquérito terminou com o indiciamento de quatro pessoas da família da proprietária do asilo e de um cuidador. Ao decorrer das investigações, a corporação prendeu Elizabeth Lopes Ferreira, de 47 anos, dona do asilo; a filha dela, Poliana Lopes Ferreira, de 27; a outra filha da mesma, Patrícia Lopes Ferreira, de 21; e o marido Paulo Lopes Ferreira, de 53.

Elizabeth foi apontada por estuprar o idoso. Na ocasião, ele tinha 70 anos, e contou a polícia que ela o obrigava a fazer sexo oral, além de outros atos libidinosos. "É importante dizer que esse senhor é lúcido. Ele estava no asilo por conta de um problema na perna. Hoje, inclusive, é uma pessoa que mora sozinha", disse.
Torturas e mortes
As mortes não são relacionadas diretamente com as agressões, mas, sim, ao agravamento do quatro clínico por falta de cuidados ou por falta de medicamentos. "As mortes ocorreram por negligência ou tiveram o processo acelerado. Os idosos já chegavam adoecidos, mas pioravam muito", disse.
A delegada responsável pelo caso acredita que o número de vítimas pode ser maior do que o inquérito concluído. Por meio dos documentos encontrados no asilo foi possível identificar 43 vítimas. As outras surgiram por relatos de testemunhas no decorrer da investigação, chegando a 76. "Mas são cinco anos de funcionamento do asilo, possivelmente temos muito mais vítimas", acrescentou. Por isso, a delegada faz um apelo: "A gente precisa que as vítimas e testemunhas nos procurem."
Durante os trabalhos, iniciados em 25 de julho, os investigadores ouviram mais de 50 pessoas, apreenderam documentos e obtiveram laudos médicos dos internos. Perícias também foram feitas.
Confira a matéria da TV Alterosa sobre o caso
